Conhecido pela sigla MBC, o Movimento Brasil Conservador marca presença, neste domingo, nos dois maiores pontos de encontro do ativismo político: Av. Paulista, em São Paulo, e Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. O MBC estará ainda em outras capitais do Brasil.
Líderes de núcleos locais espalhados pelo Brasil anunciaram em suas redes sociais que estarão nas ruas de Campinas, Belo Horizonte, Uberlândia, Goiânia, Manaus, São Luís, Fortaleza, João Pessoa, Curitiba e Brasília.
Diferentemente de outros movimentos presentes na manifestação de amanhã, o MBC inclui entre as reivindicações o apoio declarado ao armamento civil, pauta do governo Bolsonaro vital para os conservadores.
Do ponto de vista histórico, um dos traços mais relevantes do pensamento conservador é a recusa à centralização política, cuja consequência seria o aniquilamento silencioso das liberdades individuais. Desarmar uma população significa, para esta visão de mundo, arrancar ao indivíduo o direito natural à auto-defesa.
Ademais, para os conservadores, centralizar e monopolizar o uso da força física remete a um Estado que arranca aos indivíduos o protagonismo diante da condução de seu próprio destino. Trocando em miúdos, a tática provém dos estados totalitários, que afundaram o século XX em retrocesso e procuram sobreviver sob a máscara de uma Constituição Social, como a de 1988, à qual são fortemente críticos.
Segundo se lê na página oficial do grupo, “o MBC é uma iniciativa suprapartidária e sem fins lucrativos, nascido da união de pessoas com os mesmos ideais e visão de mundo”. Os diretórios regionais são “formados por cidadãos patriotas, idôneos e comprometidos com a restauração do Brasil”. Para o grupo, essa atitude coincide com a “defesa dos pilares da civilização ocidental e o combate à dominação cultural imposta por ideologias revolucionárias e destrutivas”.
Os ideais e a visão de mundo dos membros são diariamente publicados no veículo chamado Editorial MBC, página contendo “análises, comentários, artigos, notícias do Brasil e do mundo com uma cosmovisão conservadora”. Diante da polêmica suscitada ao longo da última semana pelo “artigo 142”, o grupo reiterou sua recusa à intervenção militar e defendeu reiteradamente a possibilidade de aprovar-se as reformas do atual governo via democracia direta.
No difuso espectro da Direita, o MBC parece esperar desenhar com nitidez o significado de “ser conservador”, reagindo à pecha de “reacionarismo” atribuída às alas não-liberais dessa face política em visível expansão no Brasil de hoje.
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