Nesta terça-feira (11), o Facebook anunciou que está recrutando participantes para baixar seu novo aplicativo, o Study, na Google Play Store. Uma vez baixado, ele transmitirá dados do smartphone do usuário para o Facebook. Os participantes serão recompensados financeiramente.
Study
O Study armazena o tempo que os usuários usam cada um de seus aplicativos, quais atividades fazem em cada um destes e algumas informações básicas do telefone. O Facebook promete que não irá guardar mensagens, fotos, vídeos e outras informações pessoais com o aplicativo.
Atualmente, o Study está disponível apenas na Índia e nos Estados Unidos e apenas para telefones Android, mas o Facebook diz que o aplicativo também será lançado em outros países posteriormente.
Facebook Reasearch
O Study é um sucessor do Facebook Research, um aplicativo que foi desacreditado, porque, sem permissão, usou um certificado especial da Apple para colocar o aplicativo em iPhones. Desta forma, o Facebook tentou burlar as regras da empresa americana de eletrônicos. E consequentemente, a Apple foi obrigada a retirar temporariamente o certificado do programa Enterprise Certificate do Facebook.
Com o Facebook Research, o site de rede social obteve permissões de root que possibilitavam à empresa coletar quaisquer dados em um iPhone, incluindo fotos e vídeos privados e até mesmo tráfego de internet; que a empresa provavelmente utilizou para adquirir vantagem competitiva sobre a concorrência.
No entanto, este antigo aplicativo foi de grande importância dentro da empresa de Mark Zuckerberg. Milhares de funcionários usavam o aplicativo para comunicação interna. E até mesmo a logística era organizada com os aplicativos móveis. Quando a Apple retirou a licença, o trabalho dentro da empresa foi imediatamente paralisado.
De Acordo com o site de notícias Business Insider, o Facebook ficou “chateado” na época, mas também havia entendimento a decisão da Apple.
“A Apple está tecnicamente fazendo seu trabalho e tem direito a essa atitude. Esta é provavelmente uma das piores coisas que poderiam ter acontecido internamente no Facebook”, disse um funcionário anônimo do Facebook ao Business Insider.
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