O presidente da Grécia, Prokopis Pavlópulos, dissolveu nesta terça-feira (11) o parlamento e convocou eleições antecipadas para 07 de julho, em resposta ao pedido feito na segunda-feira pelo primeiro-ministro, Alexis Tsipras, informou o site português Diário de Notícias.
Com a publicação do decreto presidencial, a campanha eleitoral começou oficialmente.
Tsipras convocou a eleição antecipada quatro meses antes do fim de seu mandato, após o principal partido de oposição, o conservador Nova Democracia, vencer o partido governista Syriza, de esquerda, por 9,5 pontos na eleição para o Parlamento Europeu no mês passado.
Perante estes resultados, iria decorrer um período de incerteza até às próximas eleições, dentro de quatro meses, que não seria favorável à economia do país e colocaria em risco os sacrifícios do povo grego, comunicou Tsipras ao Presidente Pavlópulos.
O objetivo do Syriza é reduzir, o mais possível, a ampla vantagem da Nova Democracia, que, segundo a primeira sondagem depois das eleições europeias, alcança já os 10 pontos percentuais.
Na segunda-feira à tarde, Tsipras apresentou o seu programa de Governo para o caso de obter um novo mandato, algo que, por agora, se antevê impossível.
Segundo avançou o Governo grego, o novo programa inclui o compromisso de criar meio milhão de empregos nos próximos quatro ano, e um novo aumento do salário mínimo.
Também promete um sistema tributário mais justo, uma administração mais eficiente e maior atenção à proteção do meio ambiente.
Para a Nova Democracia, o desafio consiste em repetir o sucesso das eleições europeias e, se possível, alcançar a maioria absoluta.
O partido liderado pelo político conservador Kyriakos Mitsotakis focou o seu programa no alívio fiscal imediato de empresas e da classe média e numa profunda reforma da administração pública para facilitar os investimentos.
Da campanha eleitoral estarão ausentes dois partidos que tiveram um papel importante nos últimos cinco anos – o centrista To Potami (O Rio) e os nacionalistas Gregos Independentes (ANEL), ex-aliado da coligação governamental do primeiro-ministro Alexis Tsipras.
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