Em fevereiro deste ano, Jamisson Sousa de Lima, de 26 anos, foi preso em flagrante após ter assassinado a transsexual Raiane Marques, de 36 anos.
O caso aconteceu no litoral de São Paulo, na cidade de Praia Grande.
O boletim de ocorrência indica que, após uma discussão, Jamisson deu um golpe em Raiane, que não resistiu e veio a falecer no local.
O caso foi registrado como feminicídio. É o primeiro registro de homicídio de uma mulher trans como feminicídio no estado.
De acordo com a diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno, o registro mostra um amadurecimento institucional da Polícia Civil.
“É uma notícia positiva porque temos uma dificuldade enorme de mensurar a violência contra gays, lésbicas e trans no Brasil já que muitas vezes o registro não conta com essa informação. Se tivermos o feminicídio classificado dessa forma, daremos visibilidade a um público extremamente vulnerável e que muitas vezes não entra na agenda pública nem em discussões sobre propostas para enfrentar a violência pela falta de indicadores sobre isso”, disse.
O Conexão Política é um portal de notícias independente. Ajude-nos a continuarmos com um jornalismo livre, sem amarras e sem dinheiro público » APOIAR