Há 2200 anos, a circunferência da terra já era conhecida e nunca houve crentes terraplanistas nos centros intelectuais eclesiásticos.
No entanto, atualmente esse mito da Terra ser plana é a acusação favorita do marxista ambiental Al Gore contra os céticos do clima.
‘Eles são da sociedade dos terraplanistas’. Essa é é a alegação que usam, acusando a Igreja de Cristo de acreditar que a Terra é plana.
E com isso, inventaram a “suposta prova” de que todos que acreditam em Deus são contra a ciência e querem manter as pessoas ignorantes.
Na verdade, esse é o intuito do marxismo cultural: insistir em martelar a secularização nas mentes de analfabetos culturais.
Então, ‘A Ciência’ triunfa, e assim, todos os que ainda acreditam em Deus são taxados como loucos e desprovidos de conhecimento.
De acordo com a mesma analogia: quem duvida do simplismo climático do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática), estabelecido pelas Nações Unidas, como ‘A Verdade’, acredita que a terra é plana.
E como consequência, é tão ignorante quanto os cristãos, que ousam acreditar em Deus. Porque de acordo com o herói dos esquerdistas, Karl Marx, não é permitido crer em Deus – ‘A religião é o ópio do povo’.
Então, seria o inventor Thomas Edison um louco? Ou seria o pastor batista Martin Luther King, que conquistou os direitos civis nos EUA um maluco?
E Cristóvão Colombo, que registrou em seus diários de navegações que foi guiado pelo Espírito Santo de Deus – será que ele era um ignorante? E William Hershey, que descobriu o raio infravermelho. Seria ele um indouto?
Na Bíblia a Terra não é plana
A ideia amplamente difundida de que a Bíblia mostra uma cosmovisão desatualizada é incorreta.
Muitas pessoas pensam que a Bíblia diz que a Terra é plana, mas ela não o diz.
Geralmente, o exemplo da Terra plana e de uma cúpula celestial sólida vem à tona nas discussões sobre criacionismo e evolucionismo.
A intenção é indicar que as descrições bíblicas não pretendem transferir conhecimento que é importante para a prática científica.
Porém, a Bíblia não tem uma visão de mundo desatualizada, mas apenas usa a linguagem da percepção.
A Bíblia não é escrita em uma linguagem científica, mas é importante para nossa prática científica.
Origem do terraplanismo
Na verdade, a ideia de uma Terra plana surgiu no século XIX, quando o escritor americano Washington Irving descreveu que as autoridades da igreja no século XV acreditavam em uma terra plana.
Eles teriam avisado Cristóvão Colombo que seu navio poderia “cair” da Terra, porque esta, era plana.
No entanto, tais representações são comprovadamente incorretas e foram deliberadamente introduzidas.
O auge do mito de que a igreja acreditava em uma Terra plana foi entre 1870 e 1920, quando os darwinistas usaram essa representação em sua luta contra a igreja sobre a teoria da evolução.
Atualmente, a história está apenas se repetindo, e dessa vez os marxistas ambientais se uniram aos darwinistas e continuam tentando reescrever a história e a dramatizar sua visão de mundo.
A tática é a mesma: rotular o oponente em um falso grupo social baseado em fabricações.
Felizmente, vivemos em tempos em que a comunicação não está mais concentrada nas mãos de quem faz o mal e manipula a sociedade de acordo com os seus interesses.
As redes sociais nos permitem repassar a verdade e o conhecimento.
Não sabemos até quando, mas enquanto houver estes meios, faremos o seu bom uso.
É preciso disseminar a verdade e o conhecimento, para resgatar as pessoas do poder daqueles que falsificam a história e assim conquistam sua posição.
E a falsificação da história é uma das características do marxismo cultural, do qual o movimento ambiental atual faz parte.
A verdade sobre a Terra
Na realidade, a circunferência correta da Terra – 40.233,6 Km – já havia sido calculada 200 anos antes de Cristo, por Erastóstenes de Cirene, o chefe da biblioteca de Alexandria (- 195 a.C.).
Aristóteles, Platão e todos os clássicos sobre os quais a igreja baseou seus mosteiros e bibliotecas, já sabiam que a Terra tinha uma forma esférica.
Os gregos eram fanáticos por astronomia e já observavam como a posição das estrelas ou do sol mudavam em relação à Terra, e ao mesmo tempo, sua relação com a distância sobre a superfície terrestre.
Então, se alguém sabe a distância que percorre para uma diferença de um grau em declive, também sabe que é necessário somente multiplicar essa distância por 360.
Dessa forma, Erastóstenes percebeu que se determinasse esse ângulo e medisse a distância entre as cidades, poderia calcular o tamanho da Terra.
Erastóstenes acidentalmente obteve a resposta certa.
Ele observou em Siena, atual Assuão no Egito, que o sol estava brilhando perpendicularmente à superfície, no dia mais longo de verão.
Portanto, ele supôs que Siena estava no trópico setentrional. Mas, no mesmo dia, o sol estava brilhando em um ângulo de 7,2 graus acima de Alexandria.
Então ele mandou alguém caminhar de Alexandria até Siena para contar seus passos, num total de 804,7 Km. E cometeu um erro de contagem feliz, porque Siena estava a 35,4 Km acima do trópico.
A cidade também não era perpendicular a Alexandria.
Mas sua ideia estava correta.
Mil anos depois, os astrônomos iraquianos de Bagdá – que conheciam bem Erastóstenes – obtiveram um cálculo mais preciso no Iraque. Eles fizeram isso com base na posição das estrelas em relação à superfície da Terra.
Dois grupos de astrônomos percorreram uma distância na planície de Sinjar, perto de Mosul. Cada distância percorrida, eles colocavam um marcador.
Depois de percorrer 56,6 milhas árabes, eles mediram uma diferença de inclinação de 1 grau, igual a 109,4 Km.
Multiplique isso por 360 e ‘voilà’!
Enfim, até os árabes conheciam a circunferência exata da Terra, antes mesmo do ano 1000.
E estes ocuparam partes da Espanha até o final do século XV.
Isto está registrado no livro “A Casa da Sabedoria”, do físico iraquiano-persa Jim Al Khalili, sobre a ciência árabe, que aborda a medição da circunferência da Arábia.
Além deste livro, há um outro que merece estar na prateleira de todo cristão, o livro “Os Filósofos de Deus: Como o Mundo Medieval Estabeleceu os Fundamentos da Ciência Moderna”, de James Hannam.
Este livro registra a prática da ciência na Idade Média e deixa claro a importância da fé cristã no desenvolvimento da Ciência Moderna.
A fé inteligente
Os cristãos sempre tiveram uma fé inteligente, e hoje, mais do que nunca é preciso desmentir os mitos marxistas preconceituosos que caracterizam a Idade Média como uma Idade das Trevas e os cristãos como seres repletos de superstições insensatas.
A fé cristã é inteligente e dela nasceram as universidades modernas, os hospitais, os esforços sistemáticos de ajuda ao próximo e até as mães de caridade.
Em toda a história é possível encontrar cristãos envolvidos com a física, medicina, astronomia e diversos ramos da ciência.
Jesus, que é o centro desta fé inteligente, deu o perfeito exemplo para seus seguidores: ensinou-lhes a buscar conhecimento e sempre estar apto a aprender.
Isso é primordial para se desenvolver a fé cristã inteligente.
O leitor deste artigo, provavelmente é um conservador ou cristão e a minha intenção é despertar nesta geração a busca por conhecimento e pela verdade.
O cristão não é e não deve ser ignorante.
Finalizo o artigo com duas frases de homens providos da fé inteligente que é o cristianismo: do acadêmico de Oxford e pregador John Wesley, que deu origem ao Movimento Metodista: “Deus não precisa do seu conhecimento para salvar almas. Mas Deus também não precisa da nossa ignorância”.
E por último, o que disse um dos maiores astrônomos de toda a história, Johannes Kepler (1571-1630):
“Deus é grande, grande é o Seu poder e infinita a Sua sabedoria. Louvai-O, céu e terra, sol, lua e as estrelas com sua própria linguagem. Meu Senhor e meu Criador! A magnificência de Tuas obras que eu quero anunciar aos homens, na medida em que a minha inteligência limitada possa compreender. ”
Fontes:
“A Casa da Sabedoria” – Jim Al Khalili
“Os Filósofos de Deus: Como o Mundo Medieval Estabeleceu os Fundamentos da Ciência Moderna” – James Hannam
Fé Inteligente – Douglas Gonçalves e Davi Lago (JesusCopy)