Um programa de reabilitação sueco para pedófilos condenados e outros ‘criminosos sexuais’ que tem sido usado há décadas tem recebido críticas por dar o efeito oposto ao pretendido.
Os presos que passaram pelo chamado programa Ros (“Ros” significa “relacionamento e coexistência”), correm maior risco de recaída no comportamento criminoso quando são libertados.
O termo “serviços correcionais de prisões”, que é usado em toda a Suécia no trato de criminosos, indica que trata-se mais de cuidado e reabilitação do que punição. A abordagem é controversa, mas defendida por quem acredita que os condenados devem ser reabilitados para voltarem à sociedade.
O programa que foi desenvolvido para criminosos sexuais e especialmente aqueles com orientação pedófila que cometeram abuso infantil, é voluntário e nem todos os criminosos sexuais escolhem participar nele.
Agora, no entanto, o alerta foi dado pelo fato de que a terapia oferecida aos prisioneiros não reduz o risco de recaída no crime, mas, pelo contrário, aumenta-a.
Entre outras coisas, os exercícios destinados a criar empatia pela vítima demonstraram aumentar o risco de recaída entre criminosos sexuais condenados. Num desses exercícios o criminoso é solicitado a escrever cartas falsas para a vítima de estupro.
O foco do programa será, a partir de agora, ensinar os prisioneiros a controlar seu impulso sexual e, nos casos existentes, a inclinação sexual para com as crianças. Desta forma, acredita-se que no futuro será mais seguro libertar essas pessoas para voltarem à sociedade.
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