Nesta última quarta-feira (8), o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, participou de uma mesa redonda sobre liberdade religiosa com vários líderes religiosos do Reino Unido e de outros países. O encontro aconteceu no Palácio de Lambeth, a antiga residência do Arcebispo de Canterbury, informou a Reuters.
“Sr. Secretário, sei que esta área de liberdade de religião e crença tem sido uma prioridade da política externa americana há muito tempo e que você a tem pressionado muito”, disse Justin Welby, o atual arcebispo de Canterbury.
Welby expressou sua preocupação com a quase eliminação de cristãos no Oriente Médio. Em 2016, o Departamento de Estado declarou oficialmente, que o ISIS estava realizando genocídio contra cristãos e outros grupos minoritários. O arcebispo também apontou o crescimento da igreja em vários países de terceiro mundo, enquanto lamentava o declínio em regiões ocidentais prósperas.
“O presidente Trump deixou claro que quer que a liberdade religiosa seja uma parte essencial do que seu governo representa. E estão testemunhando o Departamento de Estado dos EUA realizá-la. Pois, ela é fundamental para a nossa fundação”, disse Pompeo a um grupo formado por cristãos, Judeus e muçulmanos.
De acordo com o Centro de Pesquisas Pew, os cristãos são atualmente o grupo religioso mais perseguido do mundo. O relatório constatou que em 2016, os cristãos foram perseguidos em 144 países, contra 128 no ano anterior. O Centro informou que o número de países com níveis altos ou muito altos de restrições governamentais à religião também aumentou, de 25% dos países em 2015, para 28% em 2016. Um aumento em 55 dos 198 países analisados pela pesquisa.
“Apoiamos fortemente a liberdade de crença religiosa. Estamos fortemente focados no elemento cristão, o qual representa cerca de 80% das perseguições; cerca de 245 milhões de pessoas em todo o mundo ”, disse o ministro das Relações Exteriores, Jeremy Hunt, observando que muitos países intoleráveis a diferenças religiosas recebem ajuda do Reino Unido.
“Em termos de política externa, a área que gostaríamos de trabalhar junto a vocês é a que – dos países que têm os maiores problemas nesta área: como Afeganistão, Líbia, Somália, Sudão – são frequentemente países que temos uma forte relação de ajuda, temos influência. Nem sempre tenho certeza de que usamos essa influência para impulsionar essa agenda “, continuou o ministro Hunt.
Em seguida, o arcebispo Welby disse que a liberdade de culto é uma parte essencial do ser humano.
“As questões da liberdade de religião e crença são globais, geracionais e teológicas; são sobre como compreendemos os seres humanos”, disse Welby.