A Federação Inglesa de Futebol tem uma longa tradição de colocar champanhe no vestiário dos vencedores após o final do campeonato como uma forma de parabeniza-los.
Mas, após discussões internas, a federação não vai mais fornecer champanhe para não ofender os jogadores cujas crenças religiosas proíbem o uso do álcool, como acontece no Islã.
Champanhe sem álcool será dado ao clube vitorioso para que os jogadores ainda possam jogar o conteúdo das garrafas uns sobre os outros durante comemoração.
O Watford enfrentará o Manchester City na final do campeonato deste ano, no dia 18 de maio, em Wembley. Abdoulaye Doucoure, do Watford, juntamente com as estrelas do Manchester City, Riyad Mahrez, Benjamin Mendy e Ilkay Gundogan, seguem o Islã, que proíbe o consumo de álcool.
Os chefes da FA (Copa da Inglaterra) haviam considerado a implementação da mudança há algum tempo, mas estavam preocupados com a possibilidade de que fossem rotulados como “uma festa de merda”.
O órgão está continuamente lidando com questões multi-raciais e multi-religiosas que se tornaram predominantes no futebol nos últimos meses. O atacante do Manchester City e da Inglaterra, Raheem Sterling, já falou sobre o racismo no futebol — depois de ter sido atacado verbalmente várias vezes em campo.
Ele agora está pedindo que os clubes de futebol enfrentem penas mais duras se seus torcedores abusarem racialmente dos jogadores.
Em 2012, a Premier League parou de fornecer champanhe como prêmio para o melhor jogador após os jogadores muçulmanos se recusarem a aceitar as garrafas.
O francês Franck Ribery, que se converteu ao Islã em 2002, ficou extremamente irritado com um companheiro de equipe do Bayern de Munique por ter derramado cerveja sobre ele depois de ganhar o campeonato alemão de futebol — a Bundesliga — em 2013. Filmagens mostraram Ribery fugindo dos jogadores, que perseguiam ele com álcool em campo.
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