Um projeto de lei bipartidário que permite que o Departamento de Estado revisar anualmente o currículo palestino em busca de conteúdo encorajando a violência, o anti-semitismo e a intolerância foi apresentado na semana passada.
A legislação — apresentada pelos deputados Brad Sherman (Democratas – Califórnia) e Lee Zeldin (Republicano -Nova Iorque) na tarde de quinta-feira — foi encaminhada ao Comitê de Relações Exteriores da Câmara, do qual ambos os legisladores são membros.
A medida foi apoiada pelo Instituto de Monitoramento da Paz e Tolerância Cultural na Educação Escolar (IMPACT-se), um órgão de vigilância com sede em Jerusalém que apoia reformas no currículo palestino. O grupo havia apoiado legislação quase idêntica no ano passado, mas que não passou do Comitê de Relações Exteriores.
Intitulada a Lei da Paz e Tolerância na Palestina, o projeto mais recente exigiria que o Departamento de Estado apresentasse relatórios anuais revendo o material educacional usado pela Autoridade Palestina (AP) e pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo. (UNRWA), que administra 715 escolas para cerca de 532 mil palestinos na Cisjordânia, na Faixa de Gaza, no Líbano, na Jordânia e na Síria.
Os relatórios, em parte, determinam se o conteúdo “incentivando a violência ou a intolerância em relação a outras nações ou grupos étnicos foi removido”, e se o dinheiro da ajuda dos EUA foi usado para financiar a disseminação de tais materiais, “direta ou indiretamente”.
Um relatório emitido pelo Escritório de Contabilidade do Governo dos Estados Unidos (GAO) em abril do ano passado, descobriu que a UNRWA identificou problemas com 229 páginas em livros didáticos palestinos usados no ano letivo de 2017-2018. A maioria deles está relacionada à neutralidade ou preconceito — por exemplo, descrevendo cidades israelenses como palestinas, referindo-se a Jerusalém como a capital da Palestina e não reconhecendo religiões não-islâmicas na região.
Vários governos europeus, incluindo a Suíça, a Alemanha e o Reino Unido, comprometeram-se a revisar os livros didáticos palestinos após relatórios.
No ano passado, legisladores da União Europeia aprovaram emendas para impedir que a ajuda à Autoridade Palestina financie materiais educacionais considerados discriminatórios ou intolerantes.
Com informações de Jewish & Israel News.
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