O deputado federal Marco Feliciano (Podemos-SP) fez uma série de críticas a jornalista Rachel Sheherazade e aproveitou para defender o impeachment do vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB).
Para ele, a medida resgata “a estabilidade das instituições e as reformas estruturais”.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, a jornalista disse que o “pedido de impeachment não tem respaldo político nem legal. Não passa de mais um factoide para agitar militância, criando uma falaciosa conspiração do vice”.
Sheherazade, por meio do Twitter, felicitou Mourão ‘pela lucidez’ em uma palestra na Universidade Harvard, nos Estados Unidos”, ao mesmo tempo em que criticou Bolsonaro.
Ela diz que “o deputado parece desconhecer a Constituição e as leis do país”, fazendo referência ao like de Mourão em sua postagem.
O pedido de impeachment
Conforme noticiado nesta quarta-feira, o deputado federal Marco Feliciano (Podemos-SP) protocolou um pedido de impeachment contra Hamilton Mourão (PSL), vice-presidente da República.
Em declaração exclusiva ao Conexão Política, o deputado comentou sobre o caso.
Para o parlamentar, o ato faz parte de uma estratégia de proteção ao governo federal.
“A função de um vice-líder do governo, como é o meu caso, não é somente fazer o aporte do Executivo ao Legislativo, mas também de blindar o governo, que está encarnado na figura de Jair Messias Bolsonaro”, disse.
Segundo Feliciano, Mourão tem “conduta indecorosa, desonrosa e indigna” e conspira contra o presidente da República.
“O presidente, num regime de presidencialismo, é a figura do governo. Quando alguém toca no governo, também toca na Constituição. Então, quando Hamilton Mourão, em 100 dias de governo, desdiz tudo o que o presidente já disse e sonha em assumir a cadeira de maneira conspiratória, alguém precisa se insurgir contra ele. Eu nunca tive medo e sempre lutei por aquilo que é justo e verdadeiro”, justificou.
O pastor evangélico também pontuou que o protocolo do pedido de impeachment funcionará como uma espécie de ‘recado’ ao vice-presidente.
“A Dilma teve 19 pedidos de impeachment e ela os ignorou. O 20º [pedido] foi fatal. Então esse é apenas o primeiro para que o Hamilton Mourão, que eu me recuso a me chamar de general, que é um vice, um civil, se coloque no seu quadradinho”, finalizou.
Carlos contra Mourão
O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente, também usou a manifestação de Mourão no post de Sheherazade para criticar as movimentações do vice.
“Tirem suas conclusões”, disse.
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