Neste final de semana celebramos a Páscoa, a morte e ressurreição de Cristo. Quando a pedra do sepulcro rolou, o mundo testemunhou a ressurreição do Filho de Deus e Messias: Jesus. Por Ele, a graça e o perdão de Deus nos alcançaram. E assim, tanto o judeu como o grego, o brasileiro ou o turco, e qualquer outro povo pode receber o perdão e o amor de Deus. E isso tem um nome: Graça Divina!
Esta graça é a mesma que alcançou uma jovem muçulmana, que por motivos políticos, se refugiou na Europa com toda sua família. Em sua busca pela Verdade, ela encontrou o perdão e o amor do Pai, através do Filho, Jesus.
Páscoa vem da palavra hebraica ‘pesah’ e significa passagem. É para os cristãos o cumprimento das profecias da primeira vinda do Messias. Jesus vence a morte, trazendo salvação para todo o que nEle crer.
Quando Jesus morreu e ressuscitou, Ele pagou o preço do pecado e nos deu a chance de termos um relacionamento pessoal com Deus. Esse foi o grande plano de Deus para a humanidade. Assim, demonstrando Sua vontade de se religar aos homens como pai, oferecendo um amor incondicional e com um poder transformador.
E é sobre essa transformação que quero compartilhar com vocês, através de uma bela história de Páscoa atual. Uma história de transformação de vida que nos mostra o poder do amor de Cristo.
Leia em seguida a entrevista com Saba, uma jovem de 35 anos, ex-muçulmana que deixou o Islã para abraçar Jesus.
Conexão Política: Conte-nos um resumo de sua vida.
Saba: Eu nasci na Turquia, em Iskenderun, cidade portuária, a antiga Pequena Alexandria, em uma família de 4 filhos; e mais tarde, na Europa, nasceram mais 2. Por motivos políticos, pedimos asilo na Alemanha, onde moramos por 5 anos.
Em 2000, fomos para o campo de refugiados na Holanda. Neste país, tivemos que nos mudar 9 vezes em 3 anos, em diferentes campos espalhados pelo país.
Em 2003, saímos do campo de refugiados e ficamos sem um lugar para morar. Procuramos uma associação de turcos no país, que nos ofereceu abrigo por 1 semana. Neste tempo, uma pessoa nos ajudou a encontrar uma casa para alugar. Moramos nesta casa por 6 anos, era muito ruim, e não tinha mais condições por lei, de ser usada como moradia.
Eu e minha irmã mais nova trabalhamos em um atelier de costura para ajudar nossos pais a sustentar nossa família. Meu pai ia à associação buscar água potável para nossa família todos os dias. Eu frequentava a escola durante o dia, e depois ia ao trabalho. E assim era a minha vida até minha conversão.
2007 foi o ano da minha conversão e tudo mudou. No mesmo ano, eu e toda minha família conseguimos status para permanecer na Holanda. Foi quando eu ainda trabalhava no atelier, que uma moça havia me falado que Jesus era o Filho de Deus. Mas disse aquilo de uma maneira rude, o que me fez brigar com ela. E achava que ela era uma pecadora por falar essa “blasfêmia”.
Seis meses depois, na escola, uma amiga armênia me contou que havia encontrado Deus e que havia se convertido a Jesus. Ela me contou sobre a Bíblia, suas histórias e sobre sua fé. Eu comecei a me interessar muito por tudo o que ela falava. Certo dia, ela me contou sobre Jesus, e também falou que Ele era o Filho de Deus. Fiquei muito brava com ela. Então, ela parou de compartilhar sua fé comigo. Apenas quando eu lhe perguntava algo, ela me respondia.
Não tinha dinheiro para comprar um Corão e nem uma Bíblia. E um dia no trabalho, um colega deu para minha irmã um Corão. No mesmo dia, eu também fui presenteada por essa minha amiga da escola, com o Novo Testamento da Bíblia. Em casa, eu e minha irmã seguramos a Bíblia e o Corão e foi aí que tudo começou a mudar em nossas vidas.
Conexão Política: O que pensou naquele exato momento que estava com os dois livros nas mãos?
Saba: Senti-me obrigada a escolher o Corão e lê-lo. Pensei que deveria ler e estudar o Corão primeiramente, e depois de terminar, pegar a Bíblia e lê-la. Porque o Corão era a minha fé. Em meu pensamento, o correto era apenas o Corão, e eu só poderia começar por ele.
Conexão Política: Você era desde pequena uma menina praticante da fé islâmica? Como era a fé islâmica de seus pais?
Saba: Eu posso dizer que eu era mais praticante do islã do que meus pais. Desde meus 9 anos me dedicava ao islamismo, jejuava e orava. Tenho uma tia que usa a burca; e ela me contava muitas coisas sobre o islã. Com ela aprendi a orar versos do Corão em árabe. Na fé islâmica, você jejua e aprende a rezar proclamando versos do Corão em árabe, mesmo sem compreender o que você está pronunciando. Mas eu aprendi algumas traduções na escola, na Turquia. Então, eu era bem praticante. Meus pais nem tanto, eles jejuavam e oravam em dias especiais. Mas, era mais uma tradição familiar do que uma fé praticante.
Aos 18 anos, passei por muitas dificuldades e parei de praticar o islã, mas continuei acreditando nele. Aos 22 anos, voltei à fé islâmica. E aos 24 anos encontrei Jesus, que transformou a minha vida.
Conexão Política: Você usou burca, ou teve vontade de usar a burca ou o véu islâmico?
Saba: Quando tinha uns 8 ou 9 anos, eu queria usar o véu, mas minha mãe não permitiu. Ela não achava necessário o uso dele.
Conexão Política: Por que você queria usar o véu islâmico?
Saba: Porque minha tia disse que eu precisava usar o véu. Senão, meus cabelos poderiam se transformar em cobras no fim do mundo, e as cobras me comeriam. E eu fiquei com muito medo daquilo. Além disso, queria usar o véu porque achava que Deus iria gostar mais de mim se o usasse.
Conexão Política: Rezar o Corão, usar o véu islâmico. Você queria praticar isso ou era mais porque se sentia intimidada?
Saba: Eu não olhava para o islã com olhos críticos. Também pelo medo, mas eu tinha muita vontade de agradar a Deus, de deixá-lo feliz. Queria que Ele se orgulhasse de mim. Era por isso. Eu achava que tinha que fazer por merecer o Seu amor.
Conexão Política: Você começou a ler a Bíblia, e não conseguiu mais parar de lê-la? Qual foi a diferença que você encontrou com o Corão?
Saba: Comecei a ler a Bíblia, e achei tão bonito! Mas ao mesmo tempo, me senti muito culpada de achar a Bíblia mais bonita que o Corão. Então, pedi para minha irmã continuar com a Bíblia, e peguei o Corão para ler. Mas a paz e a calma eu não tinha ao lê-lo. E eu me sentia ainda mais culpada, por gostar mais da Bíblia. Até achava que estava pecando contra Deus. Então, resolvi voltar a ler a Bíblia. Eu estava tão apaixonada pela Bíblia! À noite, quando chegava em casa, e tinha algumas horas livres; eu a lia com muita vontade.
Conexão Política: O que você achou tão bonito na Bíblia?
Saba: Era como se as palavras fossem vivas. Eu conseguia me encaixar em tudo o que estava nela. Era como se algo sobrenatural me atraísse a ela. Eu não consigo descrever, era algo inédito para mim, sentia muito amor. Um amor que ainda não conhecia. Agora ainda sinto isso, mas no começo, parecia que estava em outro mundo quando lia a Bíblia. Ainda me emociono, no começo era paixão, e agora virou amor.
Conexão Política: Você contou à sua família que estava lendo a Bíblia?
Saba: Sim, eu a lia na sala de estar. Eles não acharam ruim, porque no Corão está escrito que você deve ler o Novo Testamento. E quando eu lia, sempre compartilhava com minha família algumas das histórias. Minha família não via problema em eu ler a Bíblia. Mas, me diziam que eu só não poderia me converter ao cristianismo. Acreditar em Jesus não havia problema, mas conversão não aceitariam.
Conexão Política: Qual é a diferença e a importância para você em acreditar em Jesus e se converter a Jesus?
Saba: Durante 1 ano, eu acreditava, mas não era convertida. Não tinha transformação em minha vida. Conversão não é apenas crer nEle, mas também seguí-LO. É transformar as palavras em que eu acredito em ações. Porque eu apenas acreditar nEle, e não seguí-LO, era para mim hipocrisia e me dava a sensação de estar negando Jesus. Desde a minha conversão, eu mudei radicalmente. Houve um período da minha vida em que perdi um pouco o rumo, mas sempre acabava voltando para Jesus.
Conexão Política: Como foi a sua conversão?
Saba: Você não pode dizer: “Jesus é o Filho de Deus, morreu por mim” e ficar sentado inerte. Conversão a Jesus te leva à ação, ao movimento. E te motiva a fazer algo por Ele. Eu não conseguia me segurar. Qualquer um que aparecia na minha frente, eu falava de Jesus. Eu olhava as pessoas nas ruas e começava a chorar, porque queria que elas também experimentassem Jesus. E orava por elas. Tudo mudou, fui transformada. Conheci Deus como Pai, e Jesus como amigo e salvador.
Conexão Política: Depois da sua conversão, o que mudou em sua casa?
Saba: Eles ficaram muito zangados comigo, principalmente a minha irmã mais nova. As brigas com ela, a respeito da minha conversão eram constantes. Eu fiquei brava por ela não me compreender, pois estávamos juntas em busca da Verdade. E eu A havia encontrado! Felizmente, depois de 3 ou 4 meses ela também se converteu. E a conversão dela foi importante para mim. Eu sei como é difícil você ser cristã sozinha, em uma família muçulmana. Ter mais um cristão na família, trouxe conforto e alívio. Não estava mais só.
Conexão Política: Como foi a conversão da sua irmã mais nova?
Saba: Para ela foi o mesmo. Ela também não se sentia bem em ler o Corão. Depois da minha conversão, minha irmã teve um sonho com Jesus. Além do sonho, um dia, ela estava na rua, e um menino a perguntou: “Ô menina, você é muçulmana? ”. E ela pensou e respondeu: “Não, eu sou cristã! ”. Foi quando ela percebeu que realmente estava crendo em Jesus. E desde então, ela mudou.
Conexão Política: Conte-nos sobre esse sonho de sua irmã?
Saba: No seu sonho, ela via um círculo de pessoas assentadas, e no meio estava Jesus. Eu também estava assentada neste círculo, mas ela não. Logo em seguida, Jesus a chamava para se assentar neste círculo; e ela foi. Para minha irmã, foi uma confirmação de que Jesus a estava chamando também.
Conexão Política: Neste tempo de “busca pela Verdade”, você passou por lutas no pensamento. Como foi escolher Jesus?
Saba: Eu passei por muitas dúvidas. Passei um ano buscando, e achei que ficaria louca. Muitas vezes disse a Deus: “Eu desisto, vou parar por aqui”. Muitas vezes, não queria mais continuar na busca, não queria mais saber sobre a Verdade, queria largar tudo. Mas Deus nunca me largou. E sou muito agradecida a Ele.
Conexão Política: Por que você quis desistir e parar tudo?
Saba: Porque sempre me foi ensinado que Maomé é o profeta, e só através dele podemos chegar a Deus. Para os muçulmanos, Jesus era apenas mais um profeta. E na Bíblia, eu lia que Jesus é O Caminho, A Verdade e A Vida. Que Ele é o Filho de Deus. Que Ele perdoa os pecados. Eu acreditava em tudo o que a Bíblia falava, menos que Jesus era o Filho de Deus, o Caminho a Deus e a Verdade. Isso me deixava muito triste, porque queria acreditar, mas tinha medo de pecar contra Deus.
Um dia, pedi para Deus que me confirmasse que Jesus era realmente Seu Filho, ou então eu pararia naquele mesmo dia de procurar a Verdade. Neste mesmo dia, uns amigos me convidaram para ir a uma igreja. Mas eu pensei: “Como eu irei? Não tenho dinheiro para o trem”. Eu estava na estação, e era como se Deus dissesse: “Abra sua carteira”. Abri e tinha exatamente a quantia certa para a passagem de trem. Para mim, foi uma confirmação. Deus aprovava eu ir a uma igreja. Quando entrei na igreja, o pregador estava falando sobre quem era Deus, quem era Jesus, sobre o Espírito Santo dEle. Explicou tudo o que precisava ouvir, e qual era o plano de Deus para nós. Então, tudo ficou claro para mim. Oraram comigo e foi o dia mais bonito de toda a minha vida.
Conexão Política: Por que para os muçulmanos é um pensamento muito estranho enxergar Jesus como o Filho de Deus?
Saba: Porque Deus é um só, e Ele não pode ter um relacionamento sexual com uma mulher. Porque Deus é espírito. Deus ter um filho, é visto pelos muçulmanos como um desrespeito a Ele. A ideia de “ter um filho”, sempre traz o pensamento de ter primeiro uma relação sexual. Mas não foi isso que aconteceu. É preciso explicar melhor para um muçulmano, com a Bíblia, como as coisas realmente aconteceram.
Conexão Política: E agora, para você é correto afirmar que Jesus é o Filho de Deus?
Saba: Sim, com certeza! Agora acredito com todo o meu coração e razão.
Conexão Política: Atualmente, como sua família encara toda essa transformação em sua vida?
Saba: Em meio tempo, meu pai se converteu através de um programa de evangelismo da TV Hajat, um canal cristão. Minha mãe, demorou para se decidir. Às vezes ela cria, mas depois voltava atrás, por causa da influência de outros familiares e minhas outras duas irmãs. E há um ano, ela se converteu também, mas não contou à família na Turquia. Meu irmão se converteu 3 semanas antes de morrer. Hoje, meus pais e 4 irmãos são convertidos; e 2 irmãs estão na busca da Verdade. Elas não seguem mais o islã, mas ainda não tiveram arrependimento de seus pecados, nem uma conversão genuína a Jesus e uma transformação de vida.
Conexão Política: Você gasta muito do seu tempo com a sua fé em Jesus?
Saba: Sim, eu passo muito tempo com Ele e falando dEle. Tenho um site para evangelizar muçulmanos, e lá, tem o testemunho da minha conversão e do meu pai. Faço evangelismo de rua com muçulmanos e sou ativa na minha igreja local.
Conexão Política: Você só evangeliza muçulmanos ou evangeliza outras pessoas também?
Saba: Quem eu encontrar, eu vou falar para esta pessoa de Jesus. Mas meu foco são os muçulmanos. Porque sei que vivem na mentira e numa cegueira. E sei que eles procuram a Verdade; e sei exatamente seus questionamentos e como me aproximar deles. Sei também, o que mais os tocam. Junto com outros turcos ex-muçulmanos, fundamos uma Igreja turca, na região onde moro. E lá, ajudo nas traduções de pregações e estudos bíblicos. E temos a visão de crescer e alcançar mais povos muçulmanos na Europa. Mas no momento, nosso trabalho é voltado à comunidade turca.
Conexão Política: Qual é a melhor maneira de se iniciar uma conversa com um muçulmano sobre Jesus?
Saba: Eu gosto de compartilhar o meu próprio testemunho. Pois, não é a minha história, mas a história de Deus trabalhando em minha vida. Quando evangelizamos, sempre levamos material específico para muçulmanos: o Novo Testamento, CD com o Evangelho, cartões e livros, para que possam ler e ouvir mais sobre Jesus em suas casas.
Conexão Política: Quem é Jesus para você?
Saba: Agora sei que Jesus não é apenas mais um profeta, como Moisés, mas o mais importante de todos; é o Filho de Deus, meu redentor, salvador e amigo.
Conexão Política: Quem é Maomé para você hoje?
Saba: Foi um homem inteligente, mas também foi um instrumento nas mãos do diabo. Ele criou uma nova religião, com trechos do Novo e Antigo Testamento, mas modificou tudo, para que as pessoas não encontrem o Filho de Deus, Jesus, que é a Verdade. Hoje, estou ainda mais certa de que ele é um falso profeta. Ele não foi enviado por Deus. É nisso que acredito.
Conexão Política: A islamização da Europa é algo que preocupa muito o povo europeu hoje. Como você vê essa imigração em massa de refugiados muçulmanos para a Europa?
Saba: Eu entendo essa preocupação muito bem. Infelizmente, a maioria dos europeus ainda não sabem o que é o verdadeiro islã. Eu também não sabia. Quando me aprofundei, descobri que é uma religião perigosa. O mundo é muito inocente quanto ao assunto. Eu não digo que os muçulmanos são perigosos. Mas eu digo que o islã é perigoso.
Conexão Política: Do que os muçulmanos precisam para se converter a Jesus?
Saba: Os muçulmanos precisam de amor e não de julgamento. Por causa de muitos que se aprofundaram no verdadeiro islã, e cometem essas atrocidades que vemos no mundo; todos os muçulmanos estão sendo condenados pelos olhos das pessoas. Quando teve o ataque terrorista de 11 de setembro, me senti acusada por muitos. Como se houvesse cometido tamanhas atrocidades, como aqueles terroristas, só porque era muçulmana. E isto, também não é correto pensar sobre os muçulmanos.
Conexão Política: Como os cristãos do ocidente devem olhar para os muçulmanos?
Saba: Os muçulmanos são amados por Deus e Ele também quer salvá-los. São pessoas que tem o mesmo direito da salvação e do perdão dos pecados pela cruz de Cristo, do que qualquer outra pessoa. Todos têm o direito de ouvir o evangelho e conhecer a Verdade. Deus não faz acepção de pessoas.
Na Bíblia, em II Pedro 3:9, está claro que Deus não quer que ninguém se perca: “Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, Ele é longânimo para conosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento”.
Conexão Política: Outra história linda é a do seu casamento. Como você e seu marido se conheceram?
Saba: Chris cresceu numa família não-cristã holandesa, e aos 30 anos ele se converteu. E se aprofundou na Bíblia, tornando-se apologeta do cristianismo. Ele se especializou em combater o islã e o aborto, e para combatê-los, ele iniciou uma fundação apologeta.
Um dia, dei meu testemunho num canal de TV europeu e Chris assistiu ao programa. Ele foi tocado pelo meu testemunho e pensou: “Espero que um dia Deus me dê uma esposa como ela”. Um amigo nosso em comum, havia compartilhado foto dos dois juntos, numa rede social, em uma passeata em Haia, pela Igreja Perseguida. Quando o vi, pensei: “Que garoto lindo e ainda é cristão! ”. Um ano depois, no meu aniversário, pedi pra Deus me dar um esposo cristão. Um tempo curto se passou, e Chris me adicionou em sua rede social. Desde então, começamos a conversar sobre nossa fé e nos interessamos um pelo outro. Depois de 2 anos nos casamos.
Conexão Política: Conte-nos uma experiência marcante em sua vida com os muçulmanos.
Saba: Minha melhor experiência aconteceu durante os primeiros tempos em que comecei a evangelizar entre os muçulmanos. Quando estávamos evangelizando em Amsterdã, iniciamos uma conversa com uma mulher. Ela contou que era da área do Mar Negro, na Turquia, onde são muito religiosos e geralmente não estão abertos ao evangelho. Até me hesitei em continuar, temendo uma reação agressiva. Mas, contamos a ela sobre o evangelho e pudermos orar por ela. A oração a tocou e a fez chorar. Eu me emocionei e percebi que nunca deveria discriminar alguém por causa de sua origem. Deus vê o coração, nós vemos o exterior. Temos que ver as pessoas com os olhos de Deus.
Conexão Política: Como você gostaria de finalizar nossa entrevista?
Saba: Nossos sentimentos mudam constantemente, às vezes odiamos pessoas, às vezes as perdoamos. Mas a Bíblia diz que devemos amar nossos inimigos. Amar seus inimigos significa que você também quer que eles se arrependam e vão para o céu. É isso o que o próprio Deus quer, que todos se convertam e se arrependam.
Não ame o Islã, ame o muçulmano. A fé cristã nos ensina a perdoar e a amar. Você sabe o que o perdão e o amor de Deus fizeram comigo? Eles me libertaram. Esse amor foi encarnado em Jesus, quem deu ao meu coração cura e salvação. Eu te digo, com Deus tudo é possível. A Páscoa é para todos. A próxima vez que contar a história da Páscoa para alguém, conte-a com amor e sem julgamento. Feliz Páscoa!