Nesta quarta-feira (13), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em discurso para a militância, disse que “não vai se esconder da justiça atrás de uma candidatura” e que “quer ser inocentado para ser candidato à Presidência” da República em 2018.
“Não quero que vocês tenham um candidato a presidente que esteja escondido na sua candidatura porque ele é culpado e não quer ser preso. Quero ser inocentado para poder ser candidato.”
O petista também afirmou que seria uma “leviandade” disputar a Presidência no ano que vem se houvesse “alguma prova” contra ele, mas desafiou o Ministério Público Federal a apresentar qualquer tipo de prova.
“Não quero ser candidato por ser candidato. Eu não quero ser candidato se eu for culpado. Seria leviandade da minha parte estar brigando para ser candidato para ocultar minha culpabilidade. Eu quero brigar para provar minha inocência. Se eles querem me condenar, eles que apresentem uma única prova de culpa [contra mim] (…) Se eles apresentarem provas contra mim em todas as acusações, terei a satisfação de vir aqui numa reunião da bancada [do PT] para dizer que não posso ser candidato a presidente.”
Lula terminou seu discurso dizendo que “vai brigar até as últimas consequências” para concorrer ao cargo do Planalto.
“A única coisa que não quero é ser condenado [sendo] inocente. Por isso vou brigar até as minhas últimas consequências porque eu sei que o objetivo é tentar evitar que o PT volte ao governo. No Brasil ainda estamos meio anestesiados.”
- Em 12 de julho de 2017, entendendo que o tríplex do Guarujá era propina, em forma de presente, da OAS ao ex-presidente, o juiz Sérgio Moro condenou Lula a 9 anos e meio de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, mas o petista recorreu à segunda instância.*Entre as provas utilizadas no processo estão documentos sobre o triplex apreendidos no apartamento de Lula, laudo da Polícia Federal que mostra rasura em documento apresentado pela defesa e trocas de mensagens de executivos da OAS.
- Nesta terça-feira (12), o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) agendou a data do julgamento para 24 de janeiro de 2018.