Uma bateria de carro com a qual você pode dirigir até 1.000 quilômetros sem precisar recarregar.
A empresa suíça Innolith afirma ser capaz de realizar esse feito.
Além disso, a nova bateria de íons de lítio, com uma alta densidade de energia, teria uma vida útil mais longa, relatou o site tecnológico The Verge.
A empresa suíça afirma ter feito a primeira bateria recarregável de 1.000 Wh/kg.
A unidade de Watt-hora por quilograma é usada para indicar a densidade de energia das baterias.
Para comparação, a bateria do Tesla Modelo 3 tem uma estimativa de 250 Wh/kg e deverá em breve, aumentar para 330 Wh/kg. Enquanto isso, o Departamento de Energia dos EUA está trabalhando em um programa de desenvolvimento para produzir baterias de 500 Wh/kg.
Portanto, se a afirmação do Innolith estiver correta, a empresa suíça está muito à frente da concorrência.
No geral, o desempenho seria quatro vezes melhor do que as atuais baterias Tesla, três vezes mais potentes do que as versões melhoradas esperadas, e duas vezes melhor do que o Departamento de Energia dos EUA tem em mente.
“Um grande e importante salto”, confirmou o CEO da Innolith, Alan Greenshields ao The Verge.
Alcance atual
Os Teslas mais caros hoje alcançam uma faixa de aproximadamente 530 quilômetros com suas baterias Panasonic, que também é o padrão que a concorrência está buscando.
O fabricante de carros elétricos dinamarquês Henrik Fisker, está se concentrando em poderosas baterias de estado sólido, com um alcance esperado de até 800 km.
Mas essa tecnologia ainda está longe de se adequar para a entrada no mercado.
Tecnologia
Atualmente, a Innolith utiliza a técnica de eletrólitos líquidos, mas substitui o solvente orgânico (e altamente inflamável) que contém eletrólitos, por uma substância inorgânica que é mais estável e menos inflamável.
“Dessa forma, você se livra do risco de incêndio e dos componentes mais reativos do sistema. Tornar mais fácil construir uma bateria, na qual você pode armazenar muita energia sem que a coisa se torne instável”, informou Alan Greenshields ao The Verge.
O material orgânico das baterias de íons de lítio está na base dos efeitos colaterais nocivos, que fazem a bateria perder sua produtividade. A suíça Innolith afirma ter resolvido isto.
Projeto piloto
Através de um projeto piloto, os suíços desejam colocar suas baterias no mercado alemão.
Porém, ainda levarão de três a cinco anos, para o desenvolvimento e a venda dessas baterias.
Não é a primeira vez que acontece um grande avanço na tecnologia das baterias.
Contudo, a Innolith reconhece, que a sua inovação deve primeiro ser verificadas por um organismo de inspeção independente, antes que a empresa possa começar a vender as baterias para os fabricantes de automóveis.