No final do mês passado, o governo dinamarquês anunciou, que os filhos de jihadistas dinamarqueses nascidos no exterior, não receberão mais a cidadania dinamarquesa.
A decisão foi tomada, depois que o governo minoritário fechou um acordo com seu aliado de direita, o Partido do Povo Dinamarquês (DPP). O partido de direita DPP faz parte da coalizão de Governo.
“Ao contrário das regras atuais, as crianças que nascerem em regiões proibidas para dinamarqueses … não receberão automaticamente a nacionalidade dinamarquesa”, comunicou o Ministério da Imigração.
“Como seus pais deram as costas para a Dinamarca, não há razão para os filhos se tornarem cidadãos dinamarqueses”, disse a ministra da Imigração, Integração e Habitação, Inger Stojberg.
Sob as novas regras, os detentores de dupla nacionalidade poderão perder sua cidadania dinamarquesa, apenas com uma simples ordem administrativa.
A proposta ainda deve passar pelo parlamento. Nenhuma data foi marcada para a votação, mas espera-se que seja aprovada.
Jihadistas dinamarqueses na Síria
O destino dos combatentes estrangeiros do grupo terrorista Estado Islâmico e suas famílias, tornou-se uma grande dor de cabeça internacional, desde a queda do último califado estabelecido na Síria.
Desde 2016, é considerado crime, sob a lei dinamarquesa, lutar em zonas de conflito por um grupo terrorista. Os tribunais dinamarqueses já condenaram 13 pessoas por terem ingressado ou tentado ingressar em uma organização terrorista.
Destes 13 terroristas, 9 foram destituídos de sua nacionalidade dinamarquesa e expulsos do país. Os outros não podiam ser despojados de sua cidadania, pois não possuíam uma dupla nacionalidade.
De acordo com o governo dinamarquês, há cerca de 40 jihadistas ligados à Dinamarca, no grupo do Estado Islâmico na Síria, 10 foram capturados. E o número exato de crianças dinamarquesas nascidas lá, ainda é desconhecido.