No final do mês de janeiro deste ano, o vereador Carlos Bolsonaro publicou nas redes sociais, que o presidente Jair Bolsonaro teria economizado “um valor absurdamente maior” em viagem a Davos, em relação a ex-presidente Dilma Rousseff.
O registro com os gastos da equipe de governo foi feito em sua página oficial no Twitter.
Segundo Carlos, a diária do hotel em Davos, de Bolsonaro, custou R$300 e reuniu uma Comitiva de 13 pessoas.
Ainda na publicação, ele diz que a ex-presidente Dilma gastou $10.000 e contou com uma Comitiva de 80 pessoas.
“Confere? Bolsonaro: diária do hotel em Davos, de Bolsonaro: $300 e Comitiva de 13 pessoas – Dilma: diária da suíte presidencial, em Davos: $10.000 e Comitiva de 80 pessoas. Dando um valor absurdamente maior. Alguém viu ou ouviu a mídia comentar alguma coisa?”, escreveu.
Hoje, 18 de março de 2019, o presidente Jair Bolsonaro usou o Twitter para informar que ele e toda sua comitiva ficarão hospedados na Blair House durante a viagem aos Estados Unidos.
“Brasil e Estados Unidos juntos assustam os defensores do atraso e da tirania ao redor do mundo. Os quem têm medo de parcerias com um país livre e próspero? É o que viemos buscar!”, escreveu o presidente,
E destacou:
“Nos hospedaremos na Blair House. É uma honraria concedida a pouquíssimos Chefes de Estado, além de não custar um centavo aos cofres públicos. Agradecemos ao Governo Americano a todo respeito e carinho que nos está sendo dado”.
Gastos em excesso no governo Dilma
Ao comparar a viagem de Dilma a Davos, com suspensão sigilosa e sem estar prevista na agenda em Lisboa, percebe-se que os trajetos oficiais da ex-presidente sempre foram marcados por números altíssimos.
Em janeiro de 2014, em passagem por Portugual, Dilma Rousseff e a comitiva presidencial ocuparam mais de 30 quartos de dois dos hotéis mais caros de Lisboa, como registrou o jornal O Tempo.
A reportagem ainda relata que, a suíte que ela utilizou, no preço da tabela, correspondeu a R$ 26,2 mil (£ 8.000).
O calote nos EUA
Um ano depois, entre os dias 16 de junho e 2 de julho de 2015, o governo brasileiro viajou até os Estados Unidos, onde desfrutou de uma frota de luxo, composta por 25 veículos entre vans, caminhões e carros modernos.
Dois meses dois, a empresa responsável pelas atividades denunciou o governo brasileiro de ignorar uma dívida de mais de 100.000 dólares – equivalente a 350.000 reais na época.
Em texto veiculado no site CNN iReport, o dono da NS Highfly Limousine, Eduardo Marciano, afirmou não ter recebido “nenhum centavo” referente aos aluguéis.
O empresário disse que buscou respostas do Consulado do Brasil em São Francisco, mas foi informado de que não haveria dinheiro suficiente para pagar as despesas correspondentes.
E finalizou alfinetando:
“Se a comunista Rousseff não tem dinheiro para alugar um serviço VIP, ela definitivamente deveria buscar por um táxi local ou, talvez, um transporte público da cidade, porque a minha empresa não tem de carregar ninguém de graça”.
A área internacional da Secretaria de Imprensa da Presidência da República confirmou que o pagamento não havia sido realizado antes por conta das dificuldades financeiras enfrentadas pelo Itamaraty, mas que a pasta iria quitar dívidas com os fornecedores.