A ‘revolução sexual’ é o termo utilizado para se referir a quebra dos tabus e perspectivas tradicionais sobre a percepção do comportamento relacionado à sexualidade humana.
Tal ‘revolução’ ganhou visibilidade por volta dos anos 60, onde os ‘produtos’ mais vendidos e aceitos pela clientela foram os que transitavam fora das relações heterossexuais e monogâmicas — gerando ‘consumidores’ para todo tipo de relacionamento sexual — buscando fazer das ‘novas regras’ de comportamentos a sustentabilidade dos seus mais profundos desejos sexuais.
Se pudermos admitir esse termo, ‘revolução sexual’, como legítimo, pelo que se vê estampado nas mídias através da massificação das variadas formas de sensualidade em suas programações; pela nudez exposta nas ruas; pela concepção do aborto e pela visibilidade da homossexualidade no mesmo padrão de igualdade com a heterossexualidade, sob a sustentação jurídica, poderíamos dizer que tudo começou com ruídos vindo de ‘vozes’ que se levantaram em detrimento do silêncio de outras, que em seu imaginário nunca conceberam a ideia de que aquelas viessem tentar em algum tempo ocupar seu espaço.
A primeira ‘revolução sexual’ aconteceu no Jardim do Éden, quando o silêncio e omissão de Adão deram espaço a voz da serpente, que insistentemente massificava os ouvidos de Eva com a possibilidade de descobrir coisas que somente Deus obtinha.
A serpente apresentava a Eva a busca por novas experiências, que somente seriam possíveis se lhe desse audição, comendo o fruto que lhe fora proibido por Deus.
Terrível silêncio Adâmico, que não soube confrontar a voz da serpente com o que havia ouvido da parte de Deus.
De repente, como que da noite para o dia, suas vidas sofreram integralmente um revolução, e uma das primeiras percepções que tiveram foi de que estavam nus, sentindo vergonha um do outro.
Nada poderiam fazer, senão adaptar-se a nova realidade — revolucionada pela voz da serpente, e sob o alerta de Deus.
“Disse a serpente à mulher: “Certamente não morrerão! Deus sabe que, no dia em que dele comerem, seus olhos se abrirão, e vocês serão como Deus, conhecedores do bem e do mal”. Quando a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento, tomou do seu fruto, comeu-o e o deu a seu marido, que comeu também. Os olhos dos dois se abriram, e perceberam que estavam nus.” – Genesis 3:4-7
Que tal perguntarmos por onde andam nossas vozes?! Contra argumentando a voz da serpente, ou fazendo-a ecoar pelo pêndulo argumentativo da mesma?
“Tudo o que é preciso para o triunfo do mal é que nada façam os homens de bem.” (E.Burke)