Você já participou de alguma campanha SDV?
A primeira vez que vi esse termo foi nos TrendTopics (TT) do Twitter e acredito que tenha sido uma evolução natural do semi-extinto FolowFriday (conhecido como #FF).
O #FF consistia em você fazer um post, toda sexta-feira, contendo uma listagem de sugestões de perfis a serem seguidos. Para quem estava “chegando” à rede do passarinho azul, como eu, em 2009, não deixava de ter a sua utilidade, afinal, não conhecia quase ninguém nela.
Com o tempo, a iniciativa começou a perder força e só lembrei dela porque há algumas semanas recebí um post com uma lista de #FF. Acho que era um zumbi…
Mas voltando ao assunto principal, há cerca de um ano comecei a notar que uma hashtag com o nome de mulher seguido da sigla SDV (a maioria deve conhecer, mas não vou citar para não fortalecer uma tag esquerdista) frequentemente aparecia nos TT do passarinho azul. Essa mesma hashtag vem precedida do dia da semana. Foi quando procurei saber o significado daquilo. Agora temos outros clones circulando pela rede.
Para quem desconhece o funcionamento, é semelhante ao #FF, com a diferença de que é uma via de mão dupla, pois os perfis comprometem-se, implicitamente, a seguir de volta (daí a sigla SDV).
Essas campanhas SDV acabam mais atrapalhando do que ajudando quem procura conteúdo.
Segue-se um número grande de perfis que muitas vezes não produz informação relevante e com isso alguns transtornos são causados:
1. Notificações a todo instante, que tiram o foco do trabalho (já tive que silenciar as notificações devido a receber um número astronômico delas);
2. Obrigatoriedade de explicar o motivo de não ter seguido de volta (o que nos faz perder tempo, e escolhemos essa rede para economizá-lo);
3. Como as redes sociais mostram os posts por amostragem, deixamos de receber conteúdo relevante em detrimento a postagens de assuntos que muitas vezes não temos o mínimo interesse;
4. Você tem maior dificuldade de detectar um ShadowBanning (já aconteceu comigo e com pessoas que eu seguia: deixamos de seguir uns ao outros sem termos tomado essa iniciativa), pois com um número grande de seguidores em sua lista, detectar que alguém deixou de ser seguido exige muita atenção.
Shadow Banning é o ato de bloquear ou bloquear parcialmente um usuário ou seu conteúdo de uma comunidade on-line, de modo que não seja evidente para o usuário que ele foi banido.
As mensagens que você recebe em sua Timeline (TL) não correspondem a 100% das publicadas por aqueles que você segue. Se assim o fosse, a maioria de nossas TLs iriam parecer os comentários em lives populares do Youtube que você não consegue acompanhar. As redes sociais enviam para você apenas as “mais relevantes” (que guardam a sete chaves o algorítimo usado; nós conservadores, desconfiamos o motivo), uma amostragem das produzidas.
Se você tem uma lista excessivamente grande de perfis que segue, receberá mais posts do que alguém que tenha uma lista pequena, claro. Com isso, você pode deixar de receber publicações que lhe interessam em detrimento de quem publica mais posts de SDV, por exemplo.
O objetivo, ao menos o meu, de participar de uma rede social é manter-se informado e interagir com outros e não aumentar o número de seguidores numa popularidade frágil e fictícia.
Portanto, não participo de campanhas semelhantes e raramente respondo quando me questionam os motivos de não seguir de volta, até mesmo porque não dá para responder em 280 caracteres, como podem notar.
Recomendo que você não participe desse tipo de campanha também. E que nunca me coloque nelas (apesar de isso já ter-me acontecido através de amigos muito queridos e com a melhor das intenções).
Eu sigo o seguinte princípio: se você produz conteúdo relevante para mim, , e não foi pontual, eu sigo, sem a necessidade de solicitação ou de retorno.
E se o conteúdo que eu produzir for relevante para você, siga-me. Mas só no Twitter, ok?