O anti-semitismo vem crescendo a passos largos na França. Suásticas foram pichadas em túmulos de cemitério judaico, monumentos foram profanados, insultos públicos tornaram-se corriqueiros.
No último sábado, o filósofo francês Alain Finkielkraut foi vítima de insultos anti-semitas por parte de um manifestante do Gilets Jaunes (Colete Amarelo), que mais tarde se revelou um extremista islâmico.
Comentando sobre o ataque, Finkielkraut disse: O anti-semitismo moderno não é um jogo de racismo, é uma variante do anti-racismo. Todos os anti-semitas de hoje são anti-racistas. Eles falam em nome da humanidade, em nome de todos os seres que sofrem. E assim associam a Estrela de Davi à suástica.
Ele também observou que “o anti-semitismo seria um problema menor na França e na Europa se nossas sociedades não tivessem sido transformadas contra sua vontade em sociedades multiculturais”.
Nos subúrbios de Paris, a população judaica viu um rápido declínio nos últimos anos e, segundo Finkielkraut, “os judeus deixam certos distritos e cidades porque a vida se tornou um inferno para eles”.