Neste domingo (17), uma delegação de deputados do Parlamento Europeu denunciou que foram expulsos da Venezuela sem explicação.
De acordo com os deputados, eles foram ao país convidados pela Assembleia Nacional, no qual Juan Guaidó é lider, mas que não possui poderes legislativos na ditadura de Nicolás Maduro.
Juan Guaidó é o líder da oposição e autoproclamado presidente interino da Venezuela, tendo recebido apoio de diversos países, incluindo Brasil, Estados Unidos e alguns países da Europa.
Em um vídeo, o deputado espanhol Esteban Gonzalez Pons aparece ao lado de três colegas denunciando que foram expulsos.
La delegación de eurodiputados invitada a Venezuela es expulsada por un régimen aislado y cada vez más irracional.
Es el usurpador quien eleva el costo a lo que es un hecho: la transición.
Ejerceremos toda la presión necesaria para lograr el cese de la usurpación. ¡Seguimos! pic.twitter.com/Mwvzi2l4Jr
— Juan Guaidó (@jguaido) February 18, 2019
“Confiscaram nossos passaportes e não nos comunicaram o motivo de nossa expulsão”, afirmou o deputado. “Somos a primeira delegação internacional que veio à Venezuela visitar o presidente interino, Juan Guaidó. O problema não é sermos bloqueados, mas é impedir o presidente interino de se encontrar com autoridades estrangeiras na Venezuela”.
Em sua conta no Twitter, o deputado publicou: “Atenção, nossos passaportes foram retirados de nós e estão nos expulsando da Venezuela. Estão nos tratando mal e a única explicação que eles dão é que Maduro não nos quer aqui.”
Atención,nos han quitado los pasaportes y nos expulsan de Venezuela.Nos están tratando mal y la única explicación que dan es que Maduro no nos quiere aquí.
— González Pons (@gonzalezpons) February 17, 2019
Guaidó também se pronunciou sobre o tema via Twitter, chamando o regime de Maduro de “cada vez mais irracional”:
“A delegação de deputados convidados à Venezuela é expulsa por um regime isolado e cada vez mais irracional.
É o usurpador que aumenta o custo para o que é um fato: a transição.
Vamos exercer toda a pressão necessária para conseguir a cessação da usurpação. Seguimos!”
De acordo com Jorge Arreaza, ministro das Relações Exteriores da ditadura de Maduro, as autoridades haviam notificado os deputados europeus de que não poderiam entrar no país.
“Por vias oficiais diplomáticas, as autoridades do governo bolivariano da Venezuela notificaram há vários dias o grupo de eurodeputados que pretendia visitar o país com fins conspiratórios, que não seriam admitidos e eles foram instados a desistir e evitar outra provocação”, publicou em sua conta no Twitter.
Por vías oficiales diplomáticas, las autoridades del Gobierno Bolivariano de Venezuela le notificaron hace varios días al grupo de eurodiputados que pretendía visitar el país con fines conspirativos, que no serían admitidos y se les instó a desistir y evitar así otra provocación
— Jorge Arreaza M (@jaarreaza) February 18, 2019
Entre os cerca de 50 países pelo globo que reconheceram Guaidó como presidente interino da Venezuela, se encontram o Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, Espanha, Portugal, Suécia, Áustria e Dinamarca.
Enquanto isso, o regime de Maduro recebe o apoio de países como Rússia, da China, da Turquia, Cuba e Irã.