O presidente Jair Bolsonaro já assinou a demissão do secretário-geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno. A dispensa deverá ser publicada no Diário Oficial da União na próxima segunda-feira (18). A informação foi confirmada pelo Estadão com dois interlocutores de Bolsonaro.
Bolsonaro avaliou que o chefe da Secretaria-Geral quebrou a relação de confiança com ele ao “vazar” áudios de diálogos entre os dois.
A decisão de Bolsonaro, de acordo com interlocutor, não se deve à interferência do vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ). Carlos chamou Bebianno de “mentiroso” logo após o ministro ter concedido entrevista ao jornal O Globo, dizendo que não estava isolado no Palácio do Planalto depois da denúncia que foi publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, de que teria patrocinado candidaturas laranjas do PSL em 2018, quando era presidente do partido, para desviar recursos do Fundo Eleitoral.
Carlos também desmentiu que Bebianno teria conversado três vezes com o presidente, que à época estava internado no Hospital Albert Einstein. Bolsonaro confirmou a informação dada pelo filho em entrevista à TV Record.
Ainda de acordo com os interlocutores consultados pelo jornal, o presidente planeja nomear um militar para o cargo de Bebianno. O mais cotado é o general Floriano Peixoto, secretário-executivo da pasta.