O Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro entrou com uma ação civil pública contra o ex-ministro da Fazenda do governo Dilma Rousseff, Guido Mantega, e a ex-presidente da Petrobras Graça Foster por improbidade administrativa. Os dois ex-integrantes do Conselho de Administração da Petrobras foram acusados de manipular a política de preços da gasolina e do diesel com o suposto fim de controlar a inflação, entre 2013 e 2014, o que teria causado prejuízos à estatal.
“Em realidade, eles atuavam segundo orientação do governo federal, que intentava segurar a inflação, tendo em vista as eleições presidenciais de 2014”, afirmam os procuradores da República Claudio Gheventer, Gino Augusto de Oliveira Liccione, André Bueno da Silveira e Bruno José Silva Nunes, autores da ação.
O MPF quer ainda que a União, acionista controladora da Petrobras, seja condenada a ressarcir a estatal por usá-la indevidamente para combater a inflação.
“Estima-se que essa política de retenção de preços, que provocou grande defasagem entre o preço de importação da gasolina e do diesel e o preço de venda desses produtos no mercado interno, causou um prejuízo de dezenas de bilhões de reais”, ressaltam os procuradores.
Além de Guido Mantega e Graça Foster, a ação inclui outros envolvidos como a ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior, o ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho, o ex-ministro de Minas e Energia Marcio Pereira Zimmermann, o general Francisco Roberto de Albuquerque e o conselheiro da estatal José Maria Ferreira Rangel, todos eram integrantes do Conselho de Administração da Petrobras.