O vereador Fernando Holiday, um dos líderes do MBL, usou o Twitter para rebater algumas falas do ex-deputado federal Jean Wyllys, que anunciou ontem, 24, que abriu mão de seu mandato como parlamentar e deixará o país.
Wyllys alega que o Brasil não é um lugar seguro para LGBTs, que está sendo ameaçado de morte e que sente muito medo desde o assassinato de Marielle. Ele também cita as recentes informações de que o senador eleito Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, contratou em seu gabiente como deputado estadual dois familiares de um ex-pm suspeito de chefiar uma milícia.
Holiday disse o seguinte:
“Eu não gosto muito de ficar levantando certas coisas, mas eu sou gay, negro, parlamentar e estão investigando um atentado contra mim. Não são ameaças virtuais, são reais. Não estou nas capas dos jornais e nem pretendo sair do país. Pelo contrário, estou mais forte para continuar.”
E também rebateu alguns motivos de Jean:
“Jean Wyllys deve ter seus motivos para sair do país, mas esse papo de que a homofobia impera no país e por isso ele corre risco é uma grande balela. O povo que ele condena e chama de homofóbico, me elegeu em São Paulo, o primeiro vereador gay assumido da cidade. A diferença é que ao contrário de Jean Wyllys eu não usei da tal “minoria” para me eleger, ao contrário, mostrei com o trabalho que ser negro ou gay, são características que simplesmente não importam desde que você tenha caráter.”
O PSOL e a esquerda também está tentando emplacar que Jean Wyllys foi o primeiro parlamentar abertamente gay no Brasil, mas esqueceram-se de Clodovil Hernandes, que foi deputado federal entre 2007 e 2009.
Clodovil, no entanto, não defendia as bandeiras dos movimentos LGBT de esquerda. Por isso, jamais foi reconhecido como “um deles”.
Com informações, Rafael Rizzo