Segundo O Globo, nesta quinta feira a PGR pediu à força-tarefa da Operação Lava-Jato em Curitiba que devolva nove cargos de assessores que hoje estão atuando na capital paranaense.
Caso não atenda o pedido, a força-tarefa terá que justificar em prazo de sete dias a necessidade de manter o reforço.
“Informo a vossa excelência que o empréstimo de nove cargos em comissão pertencentes à estrutura desta Secretaria-Geral será encerrado no dia 11 de dezembro de 2017”, diz o ofício enviado pelo secretário-geral da PGR, Alexandre Camanho, ao coordenador da Operação Lava Jato, Deltan Dellagnol.
A solicitação de retirada dos assessores deve aumentar as desconfianças que surgiram sobre os rumos da Operação Lava-Jato desde as recentes trocas de comando na PGR e na Polícia Federal. Uma reportagem da Reuters afirma que o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot avalia que, desde a chegada de Raquel Dodge e do novo diretor-geral da PF, Fernando Segovia, a Lava-Jato está sendo gradativamente desacelerada.
— “Segovia veio para cumprir uma missão: desviar o foco dessa investigação. Ao que me parece, pelas declarações que deu, ele tem a missão de desacreditar as investigações ou as investigações que envolvem essas altas autoridades da República brasileira. E, nas investigações, ele pode ter o efeito de atrapalhar”, disse Janot, segundo a Reuters.