Depois de enfrentar forte resistência popular e ver duas de suas pautas mais autoritárias rejeitadas — o monitoramento do PIX e a mudança nas datas de vencimento de alimentos —, o governo Lula volta a apostar em outra iniciativa polêmica.
Desta vez, a proposta de “regulamentação das redes sociais”, termo que vem sendo dado ao controle estatal dos meios de comunicação, está no centro da prioridade do lulopetismo.
‘Censura das redes’
A medida, segundo analistas e cientistas políticos, é vista como uma tentativa de censura e controle governamental sobre a internet. Especialistas têm alertado sobre os riscos dessa proposta para a liberdade de expressão e o pluralismo digital.
Nesta semana, o tema iniciou-se no vermelho após os representantes das big techs se ausentarem de uma audiência promovida pela Advocacia-Geral da União (AGU) para discutir o assunto. O esvaziamento foi interpretado como um sinal de resistência das grandes plataformas às tentativas do governo de intervir em suas operações.
Em meio à repercussão, o deputado estadual Carmelo Neto (PL-CE) gravou um vídeo denunciando a gravidade da proposta. Na gravação, o parlamentar rebateu as alegações de Érika Hilton (PSOL-SP), que tem se posicionado como uma espécie de porta-voz do governo Lula para tratar de questões relacionadas à internet.
Carmelo Neto pede união máxima da população, sustentando que a proposta representa uma ameaça à liberdade dos brasileiros e criticou o que classificou como uma tentativa de silenciar vozes contrárias ao governo. Erika Hilton, por sua vez, tem defendido a ação como necessária para combater o que considera discursos de ódio e desinformação nas redes.