Imagem: Jorge William | O Globo
A presidente do PT, senadora e deputada federal eleita, Gleisi Hoffmann, está na Venezuela onde participa, nesta quinta-feira (10), da posse de Nicolás Maduro.
Em declaração ao blog do G1, ela justifica a presença no ato por “vários motivos” como “marcar posição contra grosseira relação do governo Bolsonaro com a Venezuela”.
Maduro foi reeleito em maio do ano passado, com quase 70% dos votos, em eleição que teve alta abstenção e inúmeras denúncias de fraude. A posse de Maduro em novo mandato não é reconhecida pela Assembleia Nacional e por dezenas de países.
“Vamos [à posse] por vários motivos. Para marcar posição desta grosseira relação do governo Bolsonaro com a Venezuela; fala fino com os Estados Unidos e grosso com a Venezuela”, declarou a deputada eleita.
Questionada sobre a presença na posse, a presidente do PT não quis entrar no “mérito” sobre a ditadura socialista instalada no país.
“Não entramos no mérito, ele foi eleito dentro do marco constitucional não nos cabe dar opinião. Ele foi eleito”, disse.
Gleisi também disse que não concorda com a postura do governo de Jair Bolsonaro com a Venezuela. Maduro não foi convidado para a posse de Bolsonaro, que ocorreu em 1º de janeiro deste ano.
Na ocasião, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, publicou no Twitter que “não há lugar para Maduro numa celebração da democracia e do triunfo da vontade popular brasileira”. O ministro disse, ainda, que “todos os países do mundo devem deixar de apoiá-lo e unir-se para libertar a Venezuela”.
“Não concordamos com essa agressividade. Política de boicote”.
Segundo a presidente do PT, Maduro foi eleito “dentro dos marcos constitucionais” e o Brasil tem relações diplomáticas com a Venezuela.
“Não achamos que é de bom tom o PT ficar comprando briga com vizinhos. Temos que ter solidariedade“, finalizou.