O presidente eleito Donald Trump tem demonstrado interesse em expandir o território dos Estados Unidos, com propostas que poderiam rivalizar com aquisições históricas como a Compra da Louisiana e a anexação do Alasca.
Em falas recentes, ele sugeriu que os EUA poderiam absorver o Canadá, tornando-o o 51º estado, além de levantar a ideia de recuperar o Canal do Panamá, que os EUA controlaram por um período significativo. Trump também resgatou seu interesse pela Groenlândia, um território dinamarquês que ele já havia mencionado durante seu primeiro mandato.
As propostas abriram questionamentos sobre a linha tênue entre provocações políticas e ações sérias. Quando Trump mencionou o Canal do Panamá, ele o fez como uma retaliação pelas tarifas mais baixas que o Panamá oferece a navios americanos, usando o argumento de que o controle americano sobre o canal seria um “ativo nacional vital”.
As sugestões têm semelhanças com a doutrina do Destino Manifesto do século XIX, que defendia a expansão territorial dos EUA por todo o continente. Trump também reforçou sua agenda nacionalista, chamando a propriedade da Groenlândia de “necessidade absoluta” para “segurança nacional”.
Além disso, ele reforçou a ideia de designar cartéis de drogas como organizações terroristas estrangeiras, o que poderia justificar o uso da força militar no México, uma proposta que poderia afetar as relações com o principal parceiro comercial dos EUA.
A equipe de transição de Trump não esclareceu se essas propostas tratam de intenções reais ou se são estratégias para chamar atenção, mas a retórica sugere uma continuidade de seu discurso “América em primeiro lugar”.