O Brasil está prestes a bater a máxima histórica do dólar, perto de R$ 5,90, mas desta vez sem o impacto de uma pandemia global. A disparada da moeda americana ocorre sob o governo de Lula 3, em um cenário que já é apelidado por críticos de “pandemia econômica do lulopetismo”. Não há fatores externos intensos explicando a alta, e sim uma mistura de pressões internas e incertezas fiscais que colocam a economia em tensão.
Uma das maiores expectativas do mercado é o anúncio de um pacote de gastos públicos, mas a demora do governo em apresentar as medidas tem alimentado ainda mais a desconfiança dos investidores. Em meio a cobranças, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, minimizou as perguntas da imprensa, classificando-as como “forçação boba” durante um evento em Brasília, na última quarta-feira (30).
Para agravar a incerteza, Haddad embarcará para a Europa e só retorna ao Brasil em 9 de novembro, o que adia o possível anúncio de medidas fiscais para, no mínimo, 11 de novembro. A longa espera acontece justamente em meio ao segundo turno das eleições municipais, jogando um balde de água fria na expectativa por uma decisão mais rápida e acentuando o nervosismo do mercado e da população, que vê o dólar cada vez mais alto e seu poder de compra cada vez mais comprometido.