Ao longo dos últimos anos, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deu andamento a uma série de processos voltados à cassação de mandatos de parlamentares conservadores, tanto em nível estadual quanto federal.
O exemplo mais lembrado é o da derrubada do mandato do então deputado estadual paranaense Fernando Francischini (atualmente no União Brasil), no final de 2021, sob a justificativa de que ele divulgou fake news contra a urna eletrônica.
Contudo, ao invés de enfraquecer essas lideranças, o resultado parece ter sido o oposto. Em diversas regiões do Brasil, políticos de direita, que sofreram com a perda de seus mandatos, continuam bem posicionados nas pesquisas de intenção de voto para as eleições municipais de 2024.
Um outro caso é o do ex-deputado estadual Rafael Tavares (PL-MS), que teve seu mandato cassado pelo TSE no início de 2024, quando a Corte tinha na presidência o ministro Alexandre de Moraes.
Na ocasião, a cassação se baseou no fato de que seu antigo partido, o PRTB, não teria cumprido a “cota de gênero” nas eleições de 2022, o que resultou na anulação dos votos da legenda e, consequentemente, na perda de seu mandato.
Agora, porém, Rafael Tavares aparece como um dos principais nomes na disputa pela Câmara de Campo Grande, concorrendo ao cargo de vereador. Isso porque, segundo o Instituto Ranking, ele figura como o segundo candidato do PL mais citado entre os eleitores da capital sul-mato-grossense.
A pesquisa foi realizada entre 1 e 2 de outubro, com 2.000 entrevistados, e apresenta um nível de confiança de 95%, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral sob o número MS-07278/2024.
Situações semelhantes também ocorrem em outras partes do país, evidenciando que, mesmo após decisões desfavoráveis da Justiça Eleitoral, muitas vezes criticadas por falta de base jurídica, muitos candidatos de direita seguem com forte apoio popular e permanecem competitivos nas eleições.