A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta última terça-feira (24) a proibição do uso de termômetros de mercúrio em todo o Brasil.
De acordo com o órgão, além dos riscos à saúde, o descarte inadequado desse material pode causar graves danos ambientais, já que o mercúrio é altamente poluente.
Embora uma das vantagens desse tipo de termômetro seja a ausência de necessidade de baterias, o mercúrio, que é o líquido presente no seu interior, é um metal perigoso que pode se espalhar e contaminar o ambiente caso o dispositivo quebre.
O funcionamento do termômetro de mercúrio é baseado na dilatação térmica, uma propriedade física.
Segundo o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), “quando a temperatura de um corpo muda, isso altera a movimentação das partículas que o compõem, modificando o seu volume”. Assim, ao medir a febre de uma pessoa, o mercúrio se expande e sobe na coluna de medição; caso contrário, com temperaturas normais, o líquido permanece mais baixo na escala.
Esse tipo de termômetro já estava em processo de eliminação desde 2020, devido à Convenção de Minamata sobre Mercúrio, liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O Brasil é um dos países que assinou esse tratado, que visa eliminar gradualmente dispositivos contendo mercúrio, como termômetros e medidores de pressão.
A OMS afirma que o mercúrio é altamente tóxico, representando um risco especialmente grave para o desenvolvimento de fetos e de crianças pequenas. A exposição ao metal pode causar sérios problemas de saúde, incluindo danos ao cérebro, ao sistema nervoso, aos rins e ao sistema digestivo.