Uma nova pesquisa do Ipec (antigo Ibope) aponta que a maioria da população brasileira já diz não confiar no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 52% dos entrevistados afirmam não ter confiança no mandatário petista, enquanto 45% ainda confiam, e 3% não souberam responder. Além disso, o levantamento aponta uma queda na aprovação de seu governo, com apenas 35% dos brasileiros considerando sua gestão ótima ou boa, enquanto 34% a avaliam como ruim ou péssima. Outros 28% classificam o governo como regular.
Os números não são positivos para o Palácio do Planalto, que já demonstra preocupação com o avanço da insatisfação popular. Em comparação com a pesquisa anterior, realizada em julho, houve uma queda de dois pontos percentuais na avaliação positiva, que antes era de 37%. A reprovação, por outro lado, subiu três pontos, de 31% para 34%, o que sinaliza uma insatisfação crescente, fora da margem de erro. O percentual de brasileiros que consideram a gestão regular também caiu, de 31% para 28%.
Com esses resultados, as avaliações positivas e negativas do governo Lula voltam a se aproximar. Em julho, a diferença entre aprovação e reprovação era de seis pontos percentuais, mas agora essa distância caiu para apenas um ponto, cenário semelhante ao observado em março deste ano.
O levantamento também perguntou se a população aprova ou desaprova a forma como Lula está governando o Brasil. Nesse quesito, 49% dos entrevistados afirmam aprovar, enquanto 45% desaprovam. Os números praticamente não variaram em relação ao levantamento anterior, que registrou 50% de aprovação e 44% de desaprovação. Os entrevistados que não souberam responder somam 6% em ambos os levantamentos.
A confiança no presidente é maior entre aqueles que consideram sua gestão ótima ou boa (92%), entre quem declara ter votado em Lula na eleição de 2022 (82%), pessoas com renda mensal familiar de até um salário mínimo (61%), menos escolarizados (59%), moradores da região Nordeste (57%) e entre católicos (51%).
Por outro lado, entre os que não confiam no presidente, a maioria considera sua administração ruim ou péssima (97%). Além disso, o nível de desconfiança é mais alto entre os que votaram em Jair Bolsonaro (89%) ou em branco/nulo na eleição de 2022 (71%), pessoas com renda mensal familiar superior a cinco salários mínimos (69%), evangélicos (64%), moradores da região Sul (63%), pessoas com ensino superior (62%), aqueles com renda mensal entre dois e cinco salários mínimos (59%) e quem se autodeclara branco (58%).
A pesquisa foi realizada entre os dias 5 e 9 de setembro, com 2 mil pessoas com 16 anos ou mais, e possui uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.