Um estudo da Confederação Nacional de Municípios (CNM) estima que os incêndios florestais causaram um prejuízo de R$ 1,1 bilhão às economias dos municípios brasileiros em 2024, impactando diretamente 11,2 milhões de pessoas. O levantamento abrange o período entre o início do ano e o dia 16 de setembro. Esse dano é aproximadamente 340 vezes superior aos R$ 32,7 milhões registrados no mesmo intervalo em 2023.
O aumento das queimadas levou 559 municípios a decretarem estado de emergência neste ano, um crescimento de mais de 13 vezes em relação ao ano anterior. Além disso, o número de pessoas diretamente afetadas subiu cerca de 900 vezes, se comparado às 12,4 mil pessoas atingidas em 2023.
Diante do cenário crítico, o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, reforçou o apelo pela aprovação urgente da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 31/2024 no Congresso Nacional. A proposta visa a criação do Conselho Nacional de Mudança Climática, da Autoridade Climática Nacional e do Fundo Nacional de Mudança Climática. O objetivo é garantir que as prefeituras recebam apoio necessário para auxiliar os cidadãos afetados por desastres climáticos.
“As alterações climáticas são fenômenos cada vez mais frequentes, e as prefeituras precisam de apoio. Nossa proposta prevê um fundo permanente de cerca de R$ 30 bilhões para ações de prevenção e combate às consequências da mudança climática. Não podemos continuar assistindo a tantas tragédias sem uma ação efetiva. Milhões de pessoas estão sendo impactadas em nosso país”, alerta Ziulkoski.