Neste ano, a disputa pela prefeitura de Fortaleza passou de um interesse local para uma questão de projeção nacional. Isso se deve à histórica guinada do eleitorado para a direita, o que pode resultar, pela primeira vez, em um representante desse espectro político no comando da maior capital do Nordeste.
Tradicionalmente, a capital cearense tem sido dominada por siglas de esquerda. O atual prefeito, José Sarto (PDT), busca a reeleição, mas enfrenta uma competição acirrada, com quatro candidatos tecnicamente empatados, configurando a corrida eleitoral mais disputada da história de Fortaleza.
O PDT, partido de Sarto, tenta manter sua hegemonia, enquanto o União Brasil apresenta seu principal nome. Além disso, figuras políticas de peso, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o atual presidente Lula da Silva (PT), buscam consolidar seus representantes no cenário local.
Com o acirramento da disputa, o índice de rejeição dos candidatos pode ser um fator decisivo. De acordo com a nova pesquisa do Instituto Quaest, divulgada nesta quarta-feira (11), André Fernandes (PL) é o menos rejeitado entre os principais candidatos, com 30% dos eleitores afirmando que o conhecem, mas não votariam nele.
Evandro Leitão (PT), por sua vez, tem uma rejeição de 40%. Já os mais rejeitados são José Sarto, com 52%, e Capitão Wagner (União Brasil), com 42%. Entre os candidatos menos pontuados, Eduardo Girão (Novo) é rejeitado por 41% dos eleitores, enquanto Tecio Nunes (PSOL), Chico Malta (PCB), George Lima (Solidariedade) e Zé Batista (PSTU) possuem índices de rejeição menores, variando entre 9% e 16%.
A pesquisa entrevistou 900 eleitores entre os dias 8 e 10 de setembro, com um nível de confiança de 95%, e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número CE-05405/2024.