A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados adiou novamente, nesta quarta-feira (11), a discussão do projeto que busca anistiar os envolvidos nas manifestações de 8 de janeiro, que incluíram a invasão aos prédios dos Três Poderes. A votação, agora, só deve ocorrer em outubro.
O projeto, defendido pelo PL de Jair Bolsonaro e apoiado por outros partidos de oposição, encontrou resistência. Na terça-feira (10), parlamentares da base aliada do governo conseguiram adiar o avanço do texto com o apoio de setores do União Brasil e do PSD.
Embora o tema não estivesse na pauta desta quarta-feira, a oposição tentou colocá-lo por meio de um requerimento extra pauta. Contudo, com a perspectiva de não obter os votos necessários, os opositores sugeriram retirar o requerimento e buscaram um acordo com os governistas.
O acordo resultou na retirada dos itens que obstruíam a sessão, deixando em pauta apenas a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita as decisões monocráticas de ministros do STF e de outros tribunais superiores. Após a fala de dez oradores, a discussão foi encerrada, e a presidente da CCJ, Caroline de Toni (PL-SC), lamentou o adiamento da discussão do PL da Anistia, que agora será retomada em outubro.
A oposição criticou o bloco do ‘Centrão’ por utilizar o projeto como moeda de troca para negociações políticas, inclusive para a eleição da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados.