O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu o economista Gabriel Galípolo para ser presidente do Banco Central (BC), conforme anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta-feira (28), no Palácio do Planalto.
Haddad informou em entrevista coletiva que a nomeação será enviada ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Se aprovado na sabatina, Galípolo substituirá Roberto Campos Neto, que está no cargo desde 2019 e cujo mandato termina em 31 de dezembro.
Ao lado de Haddad, Galípolo expressou satisfação pela indicação, mas evitou responder a perguntas dos jornalistas, alegando “respeito ao processo e à institucionalidade”. Ele afirmou estar “muito contente” com a responsabilidade.
Sobre a sabatina, Haddad destacou que a decisão cabe ao Senado, e Lula discutirá o momento adequado com Pacheco. Nos bastidores, especula-se que a sabatina possa ocorrer em setembro. Além disso, Haddad mencionou que o governo federal começará a trabalhar na escolha dos outros três diretores do BC, cujos cargos ficarão vagos no final do ano.
Galípolo, de 42 anos, foi conselheiro de Lula durante a campanha presidencial de 2022 e atuou como braço direito de Haddad no Ministério da Fazenda. Desde sua entrada no BC, ele manteve um diálogo direto com Lula, inclusive sobre questões fiscais e riscos financeiros.
Lula já elogiou Galípolo em ocasiões anteriores, chamando-o de “menino de ouro”, altamente competente e de “uma honestidade ímpar”.
A escolha de Galípolo já era esperada tanto pelo mercado financeiro quanto por membros do Senado, responsáveis pela sabatina e aprovação dos indicados ao BC, que reagiram ao anúncio com tranquilidade.