Nos últimos dias, ao menos 150 pessoas foram presas no Reino Unido em meio a uma onda de protestos contra imigrantes islâmicos radicais. Os atos foram impulsionados por um crime que chocou o país. Manifestantes questionam a nacionalidade e a religião de um adolescente que assassinou três meninas de 6 a 9 anos na semana passada.
O governo trabalhista do primeiro-ministro Keir Starmer, há apenas um mês no poder, adotou uma postura autoritária, reprimindo os protestos com severidade. Starmer fez um discurso duro na TV, enquadrando os atos como “banditismo da extrema direita” e prometeu levar os organizadores aos tribunais.
“Eu garanto que vocês vão se arrepender de participar dessa desordem. Seja diretamente ou aqueles que estão provocando a ação online e depois fugindo”, afirmou o primeiro-ministro.
Os protestos, organizados sob o lema “Enough is enough” (“Basta”), começaram na sexta-feira (2). No terceiro dia de manifestações, civis lançaram tijolos, garrafas e sinalizadores contra agentes de segurança que reprimir com ‘mãos de ferro’ os atos. Karina, de 41 anos, disse à AFP: “As pessoas de bem estão cansadas de ouvir que deveríamos ter vergonha de sermos brancos e da classe trabalhadora.”
O estopim para a violência foi um ataque perpetrado por Axel Rudakubana, um adolescente de 17 anos nascido em Cardiff, filho de ruandeses. Na última sexta-feira, Rudakubana invadiu uma aula de dança em Southport, a cerca de 30 km de Liverpool, e esfaqueou 11 crianças, matando três delas: Bebe King, de 6 anos, Elsie Dot Stancombe, de 7, e Alice da Silva Aguiar, de 9.
Dois adultos que tentaram proteger as crianças e mais cinco crianças ainda estão hospitalizados em estado grave. A identidade de Rudakubana foi revelada por um juiz, uma decisão considerada ‘excepcional’ devido à gravidade do crime e ao clamor público.