O ex-presidente do PT, José Dirceu, afirmou que a eleição na Venezuela, que reelegeu o ditador Nicolás Maduro, foi “segura” e “inviolável”. Nas redes sociais, Dirceu reconheceu Maduro como “vitorioso” e comparou as constatações de fraude, feitas pela oposição venezuelana e pela comunidade internacional, com táticas semelhantes usadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pelo americano Donald Trump e também pelo ex-deputado Aécio Neves (PSDB), quando foram derrotados.
Dirceu disse que a suspeita nas urnas foi suscitado pela oposição, mas que os votos impressos garantiram a confiabilidade do pleito. Vale frisar que as atas de votação naõ foram divulgadas. Além disso, ele levantou teorias conspiratórias de que os opositores do regime tenham ligações com o que chamou de imperialismo dos Estados Unidos e pretensões golpistas. “Precisamos aguardar a conferência das atas e não dar razão à oposição, muito menos às manifestações violentas”, disse.
Como noticiamos, quem também se manifestou foi a ministra do Meio Ambiente Marina Silva. Ela, por sua vez, enquadrou a situação como “ditadura”.
Venezuela “não se configura como uma democracia”. A declaração foi dada em entrevista ao portal Metrópoles. “Um regime democrático pressupõe que as eleições são livres, pressupõe que os sistemas são transparentes, pressupõe que não há nenhuma tentativa de perseguição política ou tentativa de inviabilizar com que os diferentes segmentos da sociedade, que legitimamente têm o direito de pleitear e chegar ao poder, venham a sofrer qualquer tipo de constrangimento ou impedimento”, emendou.