A ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela anunciou a ruptura das relações diplomáticas com o Peru em resposta ao reconhecimento do opositor Edmundo González Urrutia como “presidente eleito” pelo governo peruano.
A decisão do Peru foi vista pelo governo venezuelano como uma provocação, considerando o reconhecimento uma violação de sua soberania e um desrespeito ao “resultado oficial” das eleições no país.
O ministro das Relações Exteriores venezuelano, Yván Gil, manifestou sua indignação por meio de uma mensagem publicada no Twitter/X. Ele afirmou que a decisão foi impulsionada pelas “declarações imprudentes” do chanceler peruano, que, segundo Gil, ignoraram a vontade do povo venezuelano e a Constituição do país.
O Ministro das Relações Exteriores do Peru, Javier González-Olaechea, havia anunciado que seu governo reconhecia González como “o legítimo presidente eleito da Venezuela” e chamou Maduro de “uma pessoa que deseja perpetuar-se no poder através da ditadura”.
Após o anúncio da Venezuela, a Presidência do Peru afirmou nas redes sociais que a decisão foi devido à “impossibilidade de demonstrar de forma confiável a vitória eleitoral que lhe é atribuída, exibindo todas as atas com verificação internacional solicitadas por países e múltiplas organizações internacionais”.
No último domingo, 28, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou Nicolás Maduro vencedor com 51% dos votos, enquanto González obteve 44%. Contudo, o CNE não divulgou as atas que poderiam confirmar esses resultados.
Desde então, a oposição recolhe as atas recebidas por seus fiscais nas seções eleitorais onde tiveram acesso.