O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não viajará a Paris para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos nesta sexta-feira (26) e enviará a primeira-dama, Janja Lula da Silva, para representar o Brasil.
A decisão, tomada nas últimas semanas, gerou um impasse diplomático, pois Lula tinha direito a uma credencial intransferível de dignitário. O governo precisou obter uma autorização para a presença de Janja.
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A decisão de enviar Janja levou o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) e o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) a intervirem junto ao Comitê Olímpico Internacional (COI) para conseguir a credencial necessária.
O COI destacou que abriu uma “especial exceção” para o governo Lula ao permitir que a primeira-dama substituísse o presidente da República na cerimônia, conforme informou a Folha de São Paulo na última semana. A reportagem procurou o Itamaraty, mas foi orientada a buscar a assessoria pessoal de Janja, que não retornou o contato.
Segundo apuração, uma comitiva de apoio, incluindo membros do cerimonial do governo e quatro seguranças, já está em Paris. Como representante oficial do Brasil, a primeira-dama participará de um jantar oferecido pelo COI a chefes de Estado nesta quinta-feira (25) e outras agendas.
Janja acompanhará a cerimônia de abertura ao lado do presidente da França, Emmanuel Macron, e outras autoridades na tribuna de honra.
Na última segunda-feira (23), Lula conversou por telefone com Macron e informou que Janja será a representante do governo brasileiro na abertura da Olimpíada. Segundo o Palácio do Planalto, Macron disse estar honrado com a presença da primeira-dama.
“Lula explicou ainda ao colega que a primeira-dama, Janja da Silva, será a representante do presidente brasileiro na abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, na próxima sexta-feira, e manifestou votos de sorte ao colega na realização do megaevento esportivo”, disse o governo brasileiro em nota.
“Macron disse estar honrado pela presença e que a primeira-dama francesa, Brigitte Macron, receberá Janja da Silva com toda a atenção”, concluiu o Planalto.