Imagem: Reprodução | Agora Paraná
Em entrevista concedida ao Agora Paraná, a jovem indígena Kanhu Kamayurá, de 19 anos, desmentiu a matéria do jornal Folha de São Paulo, publicada neste sábado (17).
Kanhu, que é uma das sobreviventes das sobreviventes do infanticídio que recebeu suporte da ONG ATINI, acusada de “apontar ódio a indígenas”.
A jovem desconstruiu a versão apresentada pelo jornal.
“Eu vi na reportagem da Folha de São Paulo que estão tentando transformar a Damares numa pessoa ruim, numa pessoa que tira crianças à força da família dela. Não é nada disso. Ela foi uma das pessoas que me salvou. Graças a ela eu estou aqui, graças a ela eu tenho sonhos, graças a ela eu tenho vontade de ajudar outras crianças indígenas que passam o mesmo que eu passei, que tem as mesmas dificuldades. Falaram que quem nos salvou incitou ódio, mas trouxeram amor, vida”, afirmou.
De acordo com a indígena, o que foi entendido como sequestro ou tráfico humano, na verdade é uma ação que visa resgatar crianças que estavam sentenciadas a morte.
Ela assegura que, a ONG ATINI, deu todo suporte necessário para as famílias indígenas.
“Eu sou uma voz que não foi silenciada. Eu sofro de distrofia muscular progressiva. Tinha que ficar em uma oca, escondida. Meus pais pediram ajuda para a Atini, que ajudou minha família a ficar em Brasília para que eu fizesse um tratamento. Se eu permanecesse na aldeia com certeza estaria morta. Na aldeia não há estrutura para uma menina de cadeira de rodas, não tem remédio, não tem banheiro”, disse.
A reportagem da Folha, veiculada por outros grandes veículos da mídia, classificou a ATINI de “ONG da Ministra”, no entanto, Damares Alves integra a organização desde 2015.
Com informações, Gospel Prime