Um dia após a tentativa de assassinato do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, atingido de raspão na orelha durante um comício na Pensilvânia, o Serviço Secreto americano descartou, no domingo (14), a necessidade de reforçar a segurança prevista para a Convenção Nacional Republicana, que começa hoje (15) em Milwaukee.
Em coletiva de imprensa, autoridades federais negaram que, após a tentativa de homicídio, haja sinais de aumento de perigo para o evento que oficializará a candidatura de Trump à sucessão do presidente democrata, Joe Biden.
“Os planos que temos em andamento continuarão como estão, e estamos confiantes nesses planos. É um processo de 18 meses que envolve todos os níveis de governo que estão contribuindo para os planos de segurança operacional para este evento”, garantiu Audrey Gibson-Cicchino, coordenadora do Serviço Secreto para a Convenção, durante a entrevista coletiva em Milwaukee, sem mencionar o atentado contra a vida de Trump.
Trump deixou seu comício escoltado e sangrando após seu discurso ser interrompido por tiros disparados por Thomas Matthew Crooks, um jovem de 20 anos registrado como republicano, mas que havia doado 15 dólares a um grupo político ligado aos democratas em janeiro de 2021.
O atirador usou um fuzil AR-15 e estava a 120 metros do palco, o que foi considerado uma falha grave da equipe de segurança de Trump.
O agente especial encarregado do escritório do FBI em Milwaukee, Michael Hensle, reforçou que, atualmente, não há ameaças articuladas conhecidas contra a Convenção ou qualquer dos participantes e visitantes do evento.
Mesmo com um “perímetro rígido” definido pelo Serviço Secreto, onde apenas participantes credenciados e voluntários serão permitidos e não serão permitidas armas de fogo no interior do local do evento, o Fiserv Forum, o prefeito de Milwaukee, Cavalier Johnson, destacou que a lei estadual impede alterações nos planos de segurança na área expandida ao redor do evento. Isso permite armas de fogo em um chamado “perímetro suave” ao redor da convenção.
“Wisconsin é um estado de porte aberto e, portanto, Milwaukee e nenhuma outra jurisdição neste estado podem substituir a lei estadual”, disse o prefeito.