A juíza federal que preside o processo sobre documentos confidenciais do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Flórida, rejeitou a acusação. A decisão, tornada pública nesta segunda-feira, 15, ocorreu devido a preocupações com a nomeação do promotor que abriu o caso.
A juíza distrital Aileen Cannon concedeu a moção da defesa do político do Partido Republicano, encerrando assim o caso. A magistrada anulou um processo que, na época em que foi instaurado, era visto como a mais perigosa das múltiplas ameaças legais que Trump enfrenta.
Os advogados do ex-presidente dos EUA alegaram que a nomeação do procurador especial Jack Smith foi ilegal. Segundo a defesa de Trump, houve violação da cláusula de nomeações da Constituição, e o escritório de Smith foi financiado indevidamente pelo Departamento de Justiça norte-americano.
A equipe de Smith contestou vigorosamente o argumento durante as audiências perante Cannon, em uma sessão ocorrida em junho. Um porta-voz da equipe do promotor não retornou imediatamente um pedido de comentários, assim como a equipe de Trump.
A decisão do Poder Judiciário é mais um capítulo na situação política de Donald Trump. No último sábado, 14, ele foi alvo de uma tentativa de atentado. Um dos disparos atingiu de raspão a orelha direita do ex-presidente enquanto ele discursava em Butler, na Pensilvânia.
Um apoiador de Trump morreu e duas pessoas ficaram feridas. Agentes do Serviço Secreto dos EUA eliminaram o atirador. De acordo com as investigações iniciais do FBI, o criminoso agiu sozinho.
Depois da tentativa de assassinato, Trump embarcou para Wisconsin. A partir desta segunda-feira, o estado será palco da convenção do Partido Republicano. O evento servirá, sobretudo, para confirmar o nome do ex-presidente na disputa pela Casa Branca nas eleições de novembro.
Trump é retirado de comício depois de tiros pic.twitter.com/r47YPlEeW3
— Revista Oeste (@revistaoeste) July 13, 2024