O presidente Luiz Inácio Lula da Silva celebrou neste domingo (7) os resultados preliminares das eleições legislativas na França, onde a aliança de extrema esquerda Nova Frente Popular liderou a apuração. Comemorando nas ruas de Paris, milhares de apoiadores radicais festejaram a vitória sobre os partidos de centro-esquerda e direita.
“Estou muito feliz com a demonstração de grandeza e maturidade das forças políticas da França, que se uniram contra o extremismo nas eleições legislativas de hoje. Esse resultado, assim como a vitória do Partido Trabalhista no Reino Unido, reforça a importância do diálogo entre os segmentos progressistas em defesa da democracia e da justiça social. Devem servir de inspiração para a América do Sul”, declarou Lula.
O líder colombiano, Gustavo Petro, que enfrenta alta rejeição em seu país, também se pronunciou, alegando que os resultados na França indicam uma “revolução mundial pela vida”. Petro afirmou: “Sempre nos momentos mais tristes da humanidade, a Humanidade reage.”
Nicolás Maduro, ditador da Venezuela, classificou de “histórica” a vitória da Nova Frente Popular. “Saudações ao povo francês, aos movimentos sociais e às suas forças populares, por este importante dia cívico que fortalece a unidade e a Paz”, escreveu Maduro.
Xiomara Castro de Zelaya, chefe de Honduras, comemorou a vitória da extrema esquerda francesa e também parabenizou o Partido Trabalhista inglês. “A Europa avança. O Partido Trabalhista triunfou no Reino Unido e agora na França, uma coligação de forças progressistas deteve a direita e suas ameaças. Parabéns aos povos inglês e francês por defenderem os direitos e a liberdade do povo”, afirmou Xiomara nas redes sociais.
A eleição francesa ocorre após a dissolução do parlamento pelo presidente Emmanuel Macron, em junho, após os resultados das eleições para o Parlamento Europeu. No primeiro turno, a direita se fortaleceu, e a expectativa era de sua vitória. No entanto, a apuração parcial deste domingo trouxe uma surpresa, com a extrema esquerda liderando.
O resultado final será conhecido nesta segunda-feira (8), mas já é certo que nenhum grupo formará maioria. Com essa divisão, o parlamento francês enfrenta um grande impasse, dividido em três grandes blocos: extrema esquerda, centristas alinhados com a esquerda, e direita, todos com plataformas distintas e sem tradição de cooperação.