A rede social Koo, que surgiu como uma concorrente do X e foi alvo de muitas piadas com trocadilhos entre os brasileiros em 2022, vai encerrar suas atividades. Nos últimos meses, a plataforma enfrentou dificuldades para aumentar sua base de usuários e gerar receita.
Os fundadores da rede social, Aprameya Radhakrishna e Mayank Bidawatka, anunciaram em um post no LinkedIn que, apesar das tentativas de parceria com empresas maiores, nenhuma delas deu certo. No X, a empresa também fez um post de despedida.
O Koo conseguiu levantar mais de US$ 60 milhões (cerca de R$ 333 milhões) em investimentos, mas essa quantia não foi suficiente para manter o negócio funcionando. Seria necessário um investimento a longo prazo para que a empresa se tornasse lucrativa, segundo os fundadores.
A esperança da plataforma era ser vendida para a startup Dailyhunt, mas a negociação fracassou, acabando com as chances da empresa. No Brasil, o youtuber Felipe Neto foi um dos grandes impulsionadores da rede social, promovendo-a e incentivando seus seguidores a criarem contas.
A empresa se inspirava abertamente no Twitter, tanto no estilo de microblog quanto no seu símbolo, que também é um pássaro, mas amarelo. A plataforma ganhou popularidade na Índia durante períodos de tensão entre o Twitter e o governo indiano, quando a rede social desafiou pedidos de remoção de conteúdo.
O Koo permitia aos usuários se expressarem de maneira similar ao X, com a possibilidade de publicar fotos, GIFs, repostar vídeos do YouTube, fazer enquetes e gravar áudios, além de curtir posts, comentar e republicar conteúdo de terceiros.
No entanto, em 2023, com a queda no número de usuários, a empresa indiana tentou um programa de recompensas que oferecia “moedinhas” para quem acessava o serviço, mas não teve sucesso. Ainda na publicação de despedida, os fundadores do Koo prometeram continuar empreendendo e afirmaram que “voltarão à arena de uma forma ou de outra”.