O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais nesta quarta-feira (26) para criticar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que descriminalizou o porte de maconha para uso pessoal, destacando a divergência sobre quem definirá a quantidade máxima de droga permitida.
“A legalização das drogas é uma flechada no peito das famílias brasileiras que sofrem em decorrência dos males desta matéria, além de trazer forte desmoralização ao trabalho das Forças de Segurança”, afirmou Bolsonaro em seu perfil oficial no Twitter/X.
Bolsonaro também ressaltou que “não há país no mundo” em que, após a legalização das drogas, “os índices sociais tenham melhorado”; segundo ele, ocorre “exatamente o contrário”.
“Ocorre aumento do tráfico, mais poder aos criminosos e explosões de lesões cerebrais incapacitantes ao indivíduo”, declarou. “Por fim, que o Poder responsável pela representação popular democrática seja respeitado.”
– A legalização das drogas é uma flechada no peito das famílias brasileiras que sofrem em decorrência dos males desta matéria, além de trazer forte desmoralização ao trabalho das Forças de Segurança. Não há país no mundo em que este tema após sua liberação, os índices sociais…
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) June 26, 2024
Parlamentares criticam liberação das drogas
Além do ex-presidente Jair Bolsonaro, deputados e senadores também criticaram a decisão do STF de descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal, tomada na terça-feira (25) por 8 votos a 3.
Votaram a favor da descriminalização: Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Rosa Weber (com Flávio Dino como seu sucessor), Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luiz Fux e Cármen Lúcia. Contra a descriminalização votaram Nunes Marques, André Mendonça e Cristiano Zanin.
Parlamentares afirmaram que a decisão do STF configura um ato de legislar, representando uma intromissão nas atribuições do Poder Legislativo. Essa visão foi compartilhada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Além de Bolsonaro, deputados e senadores criticaram a decisão do STF, argumentando que a maconha é um produto proibido no Brasil e que a descriminalização favorecerá os traficantes, únicos que dispõem da droga. Eles afirmam que a decisão aumentará o consumo, levando a mais problemas de saúde e violência.
O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) também destacou a intromissão do STF nas atribuições do Legislativo. “Legislam sobre drogas, aborto e qualquer tema no Brasil. Os iluminados do STF estão decidindo tudo nesse país. Não precisa fechar o Congresso — eles já fizeram isso”, declarou Ferreira.