O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) admitiu a possibilidade de vazamento de dados de seus beneficiários devido a configurações anteriores do sistema, mas garantiu que essas brechas já foram fechadas. De acordo com o instituto, um aumento no fluxo de pedidos de informações de segurados “acendeu um sinal de alerta”.
Durante a investigação, o INSS identificou problemas no controle de acessos ao sistema, atribuídos a gestões anteriores do governo federal. Segundo um membro do Instituto ouvido nesta segunda-feira (24), senhas permaneciam ativas mesmo após membros da gestão deixarem seus cargos ou falecerem. Em resposta, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, determinou a suspensão desses acessos.
Entre janeiro e março, a média mensal de reclamações sobre empréstimos consignados foi superior a 900. Após a suspensão das senhas em maio, esse número caiu para pouco mais de 400. Em nota à imprensa, o INSS informou que, devido ao aumento de solicitações de informações, detectado pelos setores de monitoramento do instituto e do Dataprev, a política de segurança do sistema Suíbe foi atualizada. Agora, é necessário usar certificado digital e criptografia para acessar o sistema.
O INSS afirmou que, mesmo com senhas antigas, “falsários” não conseguirão acessar o sistema. Embora tenha admitido a exposição dos dados, o instituto ainda está levantando informações para verificar se houve vazamento. O INSS também ressaltou que o Suíbe não permite conceder benefícios, sendo sua base de dados composta por benefícios já requeridos.