Imagem: Angela Weiss | AFP
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta quarta-feira que os Estados Unidos estão planejando assassiná-lo para estabelecer uma ditadura no país sul-americano e que tal plano teria participação do Brasil.
Maduro, que frequentemente acusa Washington de tentar derrubá-lo, disse que o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, está envolvido no plano.
O ditador venezuelano também acredita que a Colômbia faz parte do complô.
“Chegou a nós uma boa informação (…) John Bolton, desesperado, designando missões para provocações militares na fronteira“, disse.
Ainda segundo Maduro, instruções neste sentido foram transmitidas ao presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro.
Ao presidente eleito Bolsonaro caberia, conforme Maduro, iniciar “provocações militares” na fronteira do Brasil com a Venezuela.
Bolton e Bolsonaro se reuniram em 29 de novembro na residência do presidente eleito do Brasil, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, no primeiro encontro de alto nível entre o governo de Donald Trump e o futuro presidente brasileiro.
“Venho mais uma vez denunciar o complô que se prepara na Casa Branca para violentar a democracia venezuelana, para me assassinar e para impor um governo ditatorial na Venezuela”, afirmou.
O ditador venezuelano também fustigou o general Hamilton Mourão, vice-presidente eleito do Brasil, a quem considera o executor do plano. Para ele, o militar “fala todos os dias como um presidente paralelo no Brasil”.
“Todos os dias, ele fixa a pauta do que vai ser a política desse governo. Todos os dias, diz que vai invadir a Venezuela, que o Brasil vai utilizar suas forças militares” finalizou.
No domingo, ele já tinha denunciado a ativação por Washington de um plano para dar-lhe um golpe de Estado com o apoio da Colômbia, mas na ocasião ele não mencionou o Brasil.