A taxa de fecundidade nos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) caiu de 3,3 filhos por mulher em 1960 para 1,5 em 2022, ficando abaixo do “nível de reposição” da população, que é de 2,1 filhos por mulher. Os dados são de um relatório da organização divulgado na quinta-feira (20).
Em 2022, a Coreia do Sul registrou a menor taxa de fecundidade entre os países da OCDE, com 0,8 filho por mulher, enquanto Israel teve a maior taxa, com 2,9 filhos por mulher. O Brasil não faz parte da organização.
A idade média das mulheres que dão à luz aumentou de 28,6 anos em 2000 para 30,9 anos em 2022.
Causas e soluções
A OCDE atribui a queda nas taxas de fertilidade ao fato de as mulheres terem filhos mais tarde ou não terem filhos. A organização também aponta que os desafios enfrentados pelos jovens podem estar adiando planos parentais. Por exemplo, 50% dos jovens de 20 a 29 anos nos países da OCDE ainda moram com os pais.
A OCDE afirma que, se as mulheres conseguirem conciliar a vida profissional e familiar, a fertilidade aumentará. O estudo sugere que a melhor solução para países preocupados com as taxas de fertilidade é promover uma maior igualdade de gênero e uma partilha mais justa das responsabilidades de trabalho e educação dos filhos.
“Isto envolve a concessão de licença parental remunerada, cuidados infantis e apoios financeiros”, diz a OCDE.