O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta segunda-feira (17) a assinatura de contratos com países do grupo Brics – que inclui o Brasil – para investir na Corporação Venezuelana da Guiana (CVG). A CVG é um conglomerado de empresas públicas de mineração, extrativismo vegetal e recursos elétricos.
“Consegui os investimentos, foram assinados contratos com os países do Brics, o mundo emergente, e em curto prazo vamos ter o capital, a tecnologia e novos mercados para todas as nossas empresas”, declarou Maduro durante um comício no estado de Bolívar, onde fica a sede da CVG. Ele não detalhou quando as operações começarão.
Diante de dezenas de trabalhadores das empresas do grupo estatal, Maduro, que tentará a reeleição em 28 de julho, pediu um “voto de confiança” para implementar o plano de investimento. Ele prometeu impulsionar o desenvolvimento do conglomerado, cuja produção e lucratividade entraram em colapso na última década.
“Obtive investimentos suficientes para tornar as empresas mais poderosas e consolidá-las a partir de agora com mais força”, afirmou, buscando o apoio dos trabalhadores nas urnas.
Maduro explicou que sua ditadura obteve esses investimentos, sem detalhar o valor total, por meio da chamada Lei Antibloqueio. Esta lei permite ao regime assinar contratos secretos, sem prestar contas ao Parlamento, com o objetivo de contornar as sanções econômicas internacionais.
O regime Maduro reiterou seu interesse em se juntar ao Brics e colocou as reservas de petróleo da Venezuela, as maiores do mundo, à disposição do grupo para possíveis acordos comerciais.
O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, participou na última semana de uma reunião do grupo de economias emergentes na Rússia, onde expressou o desejo da Venezuela de acelerar sua entrada como membro pleno no bloco.