O governo de Honduras anunciou na noite de sexta-feira (14) a construção de uma megaprisão com capacidade para 20 mil detentos. A medida, segundo o governo da presidente Xiomara Castro, será acompanhada por uma reforma do Código Penal que será aprovada pelo Congresso.
A ação faz parte de um pacote de iniciativas inspiradas no modelo de El Salvador para conter a violência no país. Honduras decretou emergência em segurança em 2022.
Integrantes de gangues e organizações criminosas serão tratados como terroristas após a reforma esperada no Congresso, anunciou a presidente, que pretende dobrar a capacidade carcerária.
Atualmente, o país possui cerca de 25 unidades prisionais superlotadas, abrigando aproximadamente 20 mil prisioneiros. A nova prisão será construída em uma região pouco habitada do país.
A presidente Xiomara Castro afirmou que essas medidas fazem parte de uma série de ações para enfrentar os criminosos. Além disso, as forças armadas serão acionadas para atuar em regiões consideradas mais violentas.
Na reforma do Código Penal, o governo também espera possibilitar julgamentos coletivos dos que serão enquadrados como terroristas. Honduras enfrenta uma crescente onda de violência, e para combatê-la, o governo aposta em intensificar o cerco contra gangues e facções, desde a identificação e prisão de envolvidos até a destruição de cultivos de drogas.
A proposta de Xiomara Castro se assemelha às medidas adotadas por El Salvador, que construiu uma megaprisão para 40 mil detentos e viu os índices de criminalidade reduzirem nos últimos anos com uma política de tolerância zero a atos criminosos.