A ditadura da Venezuela rejeitou nesta sexta-feira a declaração dos líderes do G7, que solicitaram a observação internacional das eleições presidenciais de 28 de julho e o respeito aos direitos da oposição.
“O imperialismo decadente nunca teve uma liderança tão pobre e ridícula como a que o G7 exibe hoje. Rejeitados por seus próprios povos, eles pretendem recorrer a práticas coloniais e se intrometer em assuntos que não lhes dizem respeito”, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, na rede social X (antigo Twitter).
A resposta do governo de Nicolás Maduro veio horas após a declaração do G7, feita durante a cúpula na Itália, que exigia “o fim da perseguição aos membros da oposição e a libertação imediata de todos os presos políticos”.
“Nossa democracia revolucionária lhes dirá em 28 de julho, mais uma vez, que somos livres e soberanos e que seus lacaios (referindo-se à oposição agrupada na Plataforma Democrática Unida) não voltarão”, completou o ministro.
Na declaração da cúpula, o grupo das democracias mais industrializadas do mundo expressou preocupação “com a falta de progresso na implementação do Acordo de Barbados”, um pacto sobre garantias eleitorais assinado pelo regime e pela plataforma opositora em outubro do ano passado.
Especificamente, a preocupação é “com relação aos direitos da oposição dentro do processo eleitoral e a decisão de retirar o convite para uma missão de observação eleitoral” da União Europeia (UE), algo que havia sido acordado em Barbados e não foi cumprido.
Esse pronunciamento foi bem recebido pela líder da oposição María Corina Machado, que o descreveu como um “apoio inequívoco” à democracia.